
Introdução
- Qual o sentido da palavra “próximo”?
- “Doutor da Lei” (escriba, intérprete): “O que fazer para herdar a vida eterna?”
- Jesus: “Como lês na Lei?”.
- Escriba: “Amar a Deus com todo C. A. F. E. e ao teu próximo como a ti mesmo” - Jesus elogia: “Respondeste corretamente: Faça isso e viverás”.
- Sua dúvida: quem é meu próximo? Só judeus? Objeto do amor.
- Querendo “justificar-se” (para si: inseguro ou ardiloso).
- Ele queria conhecer as fronteiras ou os limites do amor.
- Queria discutir, filosofar, teorizar. Jesus apresentou a questão de forma simples, prática, objetiva, concreta, indo ao âmago: amor e misericórdia em ação, fazendo-se próximo do necessitado.
a) A parábola
- Estrada de Jerusalém para Jericó (27 km). Judeu assaltado, espancado e deixado semimorto. Sacerdote e levita olham distante e passam de largo, sem ajudar. O samaritano olha e se compadece. Cuida das feridas (azeite, vinho e ataduras), leva no seu animal até uma hospedaria, deixa pagamento antecipado e disse que voltará para outros acertos.
b) Confronto com o escriba
- Jesus: “Qual deles foi próximo?”
- Escriba: “O que usou de misericórdia” (Não mencionou “samaritano”, por causa do desprezo dos judeus, por ser de uma raça miscigenada).
- Jesus: “Vai e faze o mesmo!” Tenha misericórdia de quem precisar. Seja próximo de qualquer pessoa que estiver necessitando, independentemente de raça, região, religião ou classe. Seja sujeito do amor.
c) Os religiosos e a falta de ação
- Sumo Sacerdote: Um servo da Lei, dito consagrado, obrigado a ter misericórdia até de um animal (Êx 23.4,5).
- Levita: ajudante do sacerdote, no culto em várias áreas, da limpeza à música.
- Não pararam, não cuidaram, passaram largo.
1. Possíveis desculpas para não ajudar:
a) Não se aproximar para não sofrer e ter que se envolver.
b) Tornar-se-iam impuros, caso estivesse morto e o tocassem.
c) Já serviram a Deus e iam descansar em Jericó. Tinham crédito.
d) Queriam chegar em casa e cuidar de outros interesses.
e) A vítima podia ser “isca” de bandidos.
f) Não era culpa deles e ele deveria ter tido mais cuidado.
g) Outra pessoa passaria e ajudaria o homem.
h) O levita: se o superior nada fez...O mau exemplo de um homem religioso tem grande poder.
i) Ninguém estava ali para elogiar ou critricar.
j) Fora do templo é diferente. É o mundo cão. Cada um por si.
- Deus está no Templo. Religião formal e sem coração, até para com um irmão seu.
2. Ação do samaritano:
a) Demonstrou amor por um que o desprezava. Não foi impedido por eventual preconceito ou sentimento de vingaça.
b) Arriscou a própria vida, para salvar vida.
c) Gastou tempo, energia, dinheiro por misericórdia.
d) Identificou a necessidade e agiu movido pela compaixão, independentemente de quem se tratasse.
- “Usar de misericórdia” (Lc 10.37) ilustra o ministério de Jesus Cristo. Atos: “andou fazendo o bem”. Bom Samaritano.
3. As três visões:
1ª. Para os ladrões: mais uma vítima fraca a ser explorada, atacada, roubada e violentada. Impiedade e crença na impunidade.
2ª. Para o sacerdote e o levita: um incômodo a ser evitado, ignorado e transferido.
3. Para o samaritano: alguém necessitando de amor e de cuidado, com quem vou repartir o que tenho..
- “Tenha um espírito que vise sempre o interesse do próximo, e então cada pessoa será o seu próximo” (Lang).
- Alguém que precisa de nós é o nosso próximo, não importa o seu grupo étnico ou religioso.
4. As três filosofias (Amandino Adorno Vazão, pastor congregacional)
1) A dos ladrões: “O que é meu é meu; o que é teu será meu se eu puder tirar”.
- Gananciosa, utilitarista, sugadora, destruidora e impiedosa.
2) A do sacerdote e levita. “O que é meu é meu; o que é teu é teu, se puderes segurar”.
- Da covardia, da indiferença, da insensibilidade, do cada um por si, do egoísmo, da retenção.
3) Do samaritano e de todo cristão verdadeiro: “O que é teu, é teu; o que é meu será teu se você precisar”.
- Do altruísmo, da compaixão, da solidariedade, do desprendimento, do verdadeiro amor que supera fronteiras.
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