Introdução
- Provérbios traça o retrato do ser humano imperfeito e do ser humano perfeito, do ser humano injusto e do que foi justificado.
- Do injusto e do justo, do mau e do bom, do ímpio e do pio, do insensato e do tolo.
- De um lado o ser humano pecador e não temente a Deus =e do outro, o ser humano perdoado e temente a Deus.
- Jesus, o exemplo do homem pefeito.
- Este é o retrato de Jesus, mesmo sem mencioná-lo.
Quatro Ângulos
1. Jesus como o trabalhador padrão
- Dezenas de Provérbios exaltam a diligência e zombam da preguiça.
- Os autores de Provérbios descrevem o/a trabalhador/a ideal, fiel e dedicado.
“Passei pelo campo do preguiçoso, pela vinha do homem sem juízo; havia espinheiros por toda parte, o chão estava coberto de ervas daninhas e o muro de pedra estava em ruínas. Observei aquilo, e fiquei pensando, olhei e aprendi esta lição: Vou dormir um pouco, você diz. Vou cochilar um momento; vou cruzar os braços e descansar mais um pouco, mas a pobreza lhe virá como um assaltante, e a sua miséria como um homem armado” (Pv 24.30-34).
- “Quem relaxa em seu trabalho é irmão do que o destrói” (Pv 18.9).
- O preguiçoso só gosta de dormir e comer; estas são as suas principais atividades.
- “Como a porta gira em suas dobradiças, assim o preguiçoso se revira em sua cama. O preguiçoso coloca a mão no prato, mas acha difícil demais levá-la de volta à boca” (Pv 26.14,15).- “Não ame o sono, ou você acabará ficando pobre; fique desperto, e terá alimento de sobra” (Pv 20.13).
- “As mãos preguiçosas empobrecem o homem, porém as mãos diligentes lhe trazem riqueza. Aquele que faz a colheita no verão é filho sensato, mas aquele que dorme durante a ceifa é filho que causa vergonha” (Pv 10.4,5).“Quem trabalha a sua terra terá fartura de alimento, mas quem vai atrás de fantasias não tem juízo. Do fruto de sua boca o homem se beneficia, e o trabalho de suas mãos será recompensado. O preguiçoso não aproveita a sua caça, mas o diligente dá valor a seus bens” (Pv 12.11,14,27).
- Jesus trabalhou duro. Jesus nunca foi preguiçoso ou displicente no trabalho que veio realizar.
- “Enquanto é dia, precisamos realizar a obra daquele que me enviou. A noite se aproxima, quando ninguém pode trabalhar” (Jo 9.4).
- “Disse-lhes Jesus: Meu Pai continua trabalhando até hoje, e eu também estou trabalhando” (Jo 5.17).
a) Ao passar noites em oração (Lc 6.12).
b) Ao ensinar seus discípulos (Jo 13.25,26).
c) Ao sofrer por seu povo
- Jesus realiza as promessas de que o homem sábio e trabalhador verá os resultados de seu trabalho. Através de sua obra na cruz, Jesus tornou-se o trabalhador que concluiu sua missão.
- “Disse Jesus: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra” (Jo 4.34).
- Quando Jesus terminou a obra que o Pai lhe deu, viu o resultado de seu trabalho e ficou satisfeito.
- “Depois do sofrimento de sua alma, ele verá a luz e ficará satisfeito” (Is 53.11, NVI).
ARF: “Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito”.
- “Eu tenho um testemunho maior que o de João; a própria obra que o Pai me deu para concluir, e que estou realizando, testemunha que o Pai me enviou” (Jo 5.36).
- “Tendo-o provado, Jesus disse: Está consumado! Com isso, curvou a cabeça e entregou o espírito” (Jo 19.30).
2. Jesus como o filho perfeito
- Jesus é o filho ideal de Provérbios 4 que acata a instrução de seu Pai.
a) Ele faz o que seu Pai diz e o que o Pai faz.
- “Ouçam, meus filhos, a instrução de um pai; estejam atentos, e obterão discernimento” (Pv 4.1).
- “Jesus lhes deu esta resposta: Eu lhes digo verdadeiramente que o Filho não pode fazer nada de si mesmo; só pode fazer o que vê o Pai fazer, porque o que o Pai faz o Filho também faz” (Jo 5.19).
- “Pois não falei por mim mesmo, mas o Pai que me enviou me ordenou o que dizer e o que falar” (Jo 12.49).
- Jesus realiza a obra que seu Pai lhe conferiu, especialmente dar sua vida pelo seu povo.
b) Mantém puro o seu coração.
- “Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida” (Pv 4.23).
- “Qual de vocês pode me acusar de algum pecado? Se estou falando a verdade, porque vocês não creem em mim?” (Jo 8.46).
c) É a alegria do Pai.
- “O filho sábio dá alegria ao pai; o filho tolo dá tristeza à mãe. Aquele que faz a colheita no verão é filho sensato, mas aquele que dorme durante a ceifa é filho que causa vergonha” (Pv 10.1,5).- “Por isso é que meu Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la. Esta ordem recebi de meu Pai” (Jo 10.17,18).- Para João, Jesus é um Filho verdadeiramente nobre. Ele é o Filho que propicia a outros o direito de se tornarem, também, filhos de Deus.
- “Então uma voz dos céus disse: Este é o meu Filho amado, em quem me agrado” (Mt 3.17).
- “Veio para o que era seu, mas os seus não receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus” (Jo 1.12,13).
- Jesus traz muitos filhos à glória com ele, ao provar a morte e derrotar aquele que detinha o poder da morte.
3. Jesus como a perfeita sabedoria de Deus
- Desde criança, Jesus era cheio de sabedoria
- “O menino crescia e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens” (Lc 2.40,52).
- Mais tarde, multidões se maravilharam com sua sabedoria.
- “Chegando à sua cidade, começou a ensinar o povo na sinagoga. Todos ficaram admirados e perguntavam: De onde lhe vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos?” (Mt 13.54).
- Salomão foi o rei mais sábio de Israel, e de seu tempo, mas Jesus afirmou sobre si:
- “A rainha do Sul se levantará no juízo com esta geração e a condenará, pois ela veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão, e agora está aqui o que é maior do que Salomão” (Mt 12.42).- “Veio o Filho do homem comendo e bebendo, e dizem: Aí está um comilão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores. Mas a sabedoria é comprovada pelas obras que a acompanham” (Mt 11.19).
- Paulo concorda: Jesus é o poder e a sabedoria de Deus.
- “Para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus” (1Co 1.24,30).
- Nele toda a sabedoria está escondida.
- “Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento” (Cl 2.3).
4. Jesus como o amigo verdadeiro
- Os dizeres em Provérbios sobre a amizade destacam a lealdade e a fidelidade do genuíno amigo, especialmente na hora da necessidade.
- “O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade” (Pv 17.17).
- “Existe amigo mais apegado que um irmão” (Pv 18.24).
- “A riqueza traz muitos amigos, mas até o amigo do pobre o abandona. Muitos adulam o governante, e todos são amigos de quem dá presentes” (Pv 19.4).- “Quem fere por amor mostra lealdade, mas o inimigo multiplica beijos. Não abandone o seu amigo nem o amigo de seu pai” (Pv 27.6,10).
- Jesus se revela como o maior modelo da amizade ao dar a sua vida por seus amigos.
“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido” (Jo 15.13-15).
- “De fato, no devido tempo, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios” (Rm 5.6).