
Introdução
A frase “Não faça aos outros o que você não quer que seja feito a você” (regra do ouro do mundo) é utilizada desde a antiguidade, por diferentes povos.
- O que que eu gosto, me ajuda e me encoraja?
- O que você não gosta, o perturba, o ofende ou o deprime?
Resposta: Que falem mal de você nas suas costas, que gritem com você, que humilhem você, que o tratem diferente, que o comparem, que o traiam, o enganem, sejam desleais ou impontuais...
- Ao finalizar a regra áurea com a Lei e os Profetas, Jesus condensou todo o Antigo Testamento neste princípio.
- Moisés escreveu: “Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR” (Lv 19.18).
Princípios da regra de ouro de Jesus
1. Ela é POSITIVA e não NEGATIVA
- Religiões e filosofias - regra de prata - Confucionismo: “Não faça aos outros o que você não quer que façam a você” – Analectos 15.23. - Hinduísmo: “Este é o supremo dever: não faças aos outros o que poderia causar dor se te fosse feito a ti” – Mahabharata 5.1517. - Budismo: “Não trates os outros de maneira que tu próprio achas que te feriria” – Udana-Varga 5.18
- Não é tudo que não quereis, mas tudo que quereis.
- Jesus mudou o foco. Enquanto o provérbio “original” ensina a não realizar algo ruim (“não faça”), Jesus ensinou que, ao invés de deixar de fazer o mal, devemos fazer o bem.
- Albert Einsten: “O mal não existe; é, na verdade, a ausência do bem”.
2. Ela convida à PROATIVADE e não à PASSIVIDADE
- “Não faço mal a ninguém”. Mas, e o bem?
- Jesus exige de nós uma atitude e não mais um simples “cruzar de braços”. Não quer que deixemos de fazer isso ou aquilo, mas que assumamos responsabilidades e façamos algo. O foco que era o indivíduo (que não deveria fazer alguma coisa) passa a ser a ação praticada por ele.
- “Façam...” tomem iniciativa (Lc 6.31).
- Não se trata de conter-se de fazer o mal, mas ter iniciativa para o bem.
3. Ela inclui TODOS e não só ALGUNS
- Sem discriminação, partidarismo, seleção ou restrição.
- O Cristianismo orienta a amar os seus inimigos, algo inédito em outras religiões (Mt 5.43,44; cf. Êx 23.4,5).
- Não devemos começar a indagar sobre a outra pessoa, mas sobre nós mesmos
- Devemos nos fazer de próximo
- Quem é o meu próximo?
- Ora, estando nessa situação, gostaria de ser ajudado por qualquer pessoa que, sabendo da minha necessidade, pudesse fazer alguma coisa por mim.
- Não importa se conheço pessoalmente ou não quem me ajuda ou se a ajuda é feita no contato pessoal ou pela Internet. O importante é que a ajuda chegue. Portanto, o meu próximo, a quem devo amar, é toda pessoa por quem eu faço alguma coisa. - Essa mesma pergunta foi feita a Jesus, que respondeu contando a parábola do bom samaritano (Lucas 10.25-37), onde um homem cuidou de uma pessoa desconhecida, encontrada à beira da estrada, sem esperar qualquer retribuição. A resposta de Jesus foi exatamente a mesma.
- Dessa forma, o foco que era o indivíduo (que não deveria fazer alguma coisa) passa a ser a ação praticada por ele.
4. Ela é PEDAGÓGICA e não INTERESSEIRA
- Lema do Colégio Batista Mineiro: “O melhor ensino é o exemplo”.
- Não um tratar interesseiro, em busca de reciprocidade.
- Se tratarmos alguém de certa forma, damos razão para os outros nos tratarem igualmente.
- Se não gosto de ser roubado, de ser traído, de maledicência a meu respeito, de falta de cooperação, de grosseria, de desrespeito, de mentira, primeiramente não tratarei o outro dessa forma.
5. Ela é COMPASSIVA e não INTERESSEIRA
- Compadecer significa “padecer com”, padecer no lugar.
- Vou tratar assim, porque assim gostaria de ser tratado. Sabemos o que incomoda nosso cônjuge. Quando estamos com raiva é justamente o que fazemos.
- Se você está em dúvida sobre sua ação, coloque-se no lugar do OUTRO.
- Eu recebo as pessoas como gostaria de ser recebido? Eu mexo na geladeira? Chego sem avisar? Telefono antes das 9h e depois das 21h por motivos adiáveis? Exceto um motivo de urgência e necessidade. Receberei como gostaria de ser recebido e de acordo com minha necessidade.
- Agir altruisticamente
- A carne e o orgulho dizem: “Trata-o como ele o tratou!”
- Precisamos amar a Deus em primeiro lugar. Se amarmos a Deus, poderemos amar melhor nossos semelhantes. Amar a Deus com ‘CAFÉ ESPIRITUAL’: de todo Coração, Alma, Força e Entendimento.
- Não é fácil, porque somos pecadores, nascidos na queda. O eu natural se inclina ao pecado.
- Somos egoístas. Queremos somente o nosso bem, só o que nos interessa.
- Em termos práticos, a Regra de Ouro elimina a dúvida comuns que a Lei do amor ao próximo gera: o que devo fazer para demonstrar que amo o próximo como amo a mim mesmo?
- A resposta é imediata: em cada situação, devo agir em relação ao outro exatamente como gostaria que ele agisse comigo, se a situação fosse inversa. Assim, se não gosto de ser roubado, não devo roubar. Se não gosto de ser traído, não devo trair. Se não gosto que façam fofoca a meu respeito, não devo fazer fofoca. Se gostaria que alguém me socorresse num momento de dificuldade, devo fazer o mesmo por aqueles que precisam de ajuda. E assim por diante.