
Introdução
- O sofrimento é uma certeza para todos, apesar de não ser desejado por ninguém, a não ser os que são masoquistas.
- Quem pensa em seguir a Jesus e não sofrer, engana-se.
- Quem não segue Jesus, sofre ainda mais, pois sofre sozinho, sem a graça e a companhia de Deus.
- Existem vários tipos, origens e naturezas de sofrimentos.
- Aqui, dois que têm características distintas: Espinho e Cruz.
- Veremos outros na sequência da série de mensagem sobre o sofrimento.
1. ESPINHO
a) É sofrimento ou fraqueza permanente (v.7b)
- Espinho de Paulo: Dificuldades visuais, epilepsia, familiares?
b) Vem sem que o esperemos ou queiramos, isto é, vem independentemente da nossa vontade (v. 7ª)
c) Não acaba, enquanto servir ao propósito divino.
- Fica enquanto for necessário.
- São defeitos físicos, doenças crônicas, filho/a especial, aparência, deficiências etc.
d) Tem origem maligna. É um mal (v.7c).
- Mandado por Satanás e permitido por Deus com propósitos, mas é um mal (ruim)
- Deus não produz mal. Ele permite ou tira a proteção.
e) Aplica-se a ele o princípio de orar “três vezes”, até ter paz (v. 8).
- Como Jesus no Getsêmani: “Afasta de mim este cálice”.
f) Atrai o suporte da graça divina (v. 9)
- Quem tem espinho que não sai tem que viver pela graça, na graça e com a graça.
g) Tem três propósitos:
- Tornar-nos humildes (quebrantar-nos) (v. 7ª)
- Tornar-nos dependentes de Deus (v. 9b)
- Tornar-nos submissos (v. 10)
2. CRUZ
- “Jesus dizia a todos: Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me” (Lc 9.23).
a) Sofrimento pelo Evangelho de Cristo (Mt 5.10)
b) Dependente da nossa vontade. Vem e esperamos.
c) Sai quando quisermos.
- Podemos descer da cruz e agir como o mundo.
- Podemos não a tomar mais. Viver sem cruz.
d) Os sofrimentos de cruz têm origem mundana e carnal.
– A cruz é para nosso bem. Dominada pelo pecado e por Satanás, sem interferência divina, isto é, enviada pelo mundo e aceita espontânea e voluntariamente por nós, mas é um bem sofrer a cruz.
- “Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (Jo 16.33).
- “Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações” (sofrimento) (Tg 1.2).
e) Aplica-se o princípio da fidelidade ou lealdade sempre
- “Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. ... vocês sofrerão perseguição. Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida” (Ap 2.10).
f) Atrai o suporte do poder e a alegria de Deus
“Amados, não se surpreendam com o fogo que surge entre vocês para os provar, como se algo estranho lhes estivesse acontecendo, mas alegrem-se à medida que participam dos sofrimentos de Cristo, para que também, quando a sua glória for revelada, vocês exultem com grande alegria. Se vocês são insultados por causa do nome de Cristo, felizes são vocês, pois o Espírito da glória, o Espírito de Deus, repousa sobre vocês” (1Pe 4.12-14).
- “Retiraram-se pois [os apóstolos] da presença do sinédrio, regozijando-se de terem sido julgados dignos de sofrer afronta pelo nome de Jesus” (At 5.41).
- “Finalmente, irmãos meus, sede fortes no Senhor e na força do seu poder” (Ef 6.10).
g) Tem três objetivos:
- Testemunhar nossa fé
- Estarmos “encruzados” (com a unção e a autoridade da cruz) para sermos servos úteis a Deus. “Já estou crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2.20).
- Glorificar a Deus
- Honra a Deus com a cruz e o desonra sem Ela.
O sofrimento do espinho e da cruz estão limitados à nossa capacidade de suportá-los.
- “Não veio sobre vós provação (tentação), senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará provar (tentar) acima do que podeis, antes com a provação (tentação) dará também o escape, para que a possais suportar” (1Co 10.13).
Quadro comparativo
Compreendendo e lidando com o sofrimento