
O PODER DA COMPLACÊNCIA
“Naquele tempo, esquadrinharei Jerusalém com lanternas e castigarei os homens que estão consolidados em seu comodismo, e dizem no seu coração: ‘O Senhor não faz bem nem mal’.”
Sofonias 1.12
O texto de Sofonias é um alerta claro para todos que ainda não perceberam o mal que o comodismo causa às realizações, ao avanço e ao crescimento pessoal. O poder da complacência não está em trazer benefícios para a vida, mas, por outro lado, em seu potencial destrutivo, capaz de comprometer planos e projetos preciosos. Em termos práticos, podemos identificar cinco efeitos que a complacência costuma produzir na vida de uma pessoa, especialmente no aspecto espiritual e de caráter: (1) enfraquece a vigilância espiritual — a pessoa deixa de discernir perigos sutis e se torna vulnerável a tentações (Mateus 26:41); (2) produz estagnação — impede crescimento, aprendizado e progresso, mantendo a pessoa presa no “sempre foi assim” (Provérbios 1:32); (3) cria falsa segurança — gera autoconfiança excessiva, levando a subestimar riscos e consequências (1 Coríntios 10:12); (4) torna insensível à correção — a pessoa para de ouvir conselhos e advertências, acreditando que está tudo bem (Provérbios 29:1); e (5) abre portas para quedas maiores — pequenas concessões não tratadas se acumulam até resultar em grandes derrotas (Cantares 2:15; Eclesiastes 10:1). Charles Spurgeon adverte: “Nenhum homem se afasta de Deus de uma só vez. O coração se afasta por graus. Pequenas concessões, toleradas por complacência, preparam o caminho para grandes quedas.” Você tem buscado intencionalmente mais de Deus? Já percebeu que o comodismo e a complacência destroem projetos espirituais lindos e frutíferos? Quero concluir com as palavras de João Calvino: “A nossa natureza é inclinada à preguiça, e logo que relaxamos, desviamo-nos do caminho. Por isso, Deus nos adverte a perseverar, e não a descansar como se a corrida já estivesse ganha.” Amém.
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ELP
