“Isto lhes pareceu bem, e mesmo lhes são devedores; porque, se os gentios têm sido participantes dos valores espirituais dos judeus, devem também servi-los com bens materiais”. 

Romanos 15.27

Falar de dinheiro na igreja sempre será um tabu, contudo o apóstolo constrói um argumento interessante: “Se entre vocês semeamos coisas espirituais, seria demais colhermos de vocês coisas materiais?” (1 Coríntios 9:11). Sustentar quem nos ministra espiritualmente é bíblico, ético e expressão de unidade do corpo de Cristo. Para Calvino, os bens espirituais referem-se ao evangelho, à salvação e aos dons da graça; já os bens materiais são o suporte concreto e visível que flui dessa realidade espiritual. A ministração material é, portanto, uma resposta ética e prática: quem recebe espiritualmente está em posição de compartilhar materialmente — voluntária e graciosamente — como expressão de gratidão e unidade. É claro que o dinheiro não é moeda de troca para comprar bênçãos ou favores do Senhor, mas deve expressar gratidão pelo que recebemos gratuitamente. E você? Tem praticado generosidade com aqueles que o abençoam espiritualmente? O texto nos ensina que ministério espiritual e responsabilidade material estão conectados: quem recebe bênçãos espirituais está, em certo sentido, responder por meio de apoio material. Paulo fazia tendas e não exigia nada por pregar o evangelho, pois havia renunciado ao seu direito. De forma prática, as mulheres ricas que serviam a Jesus com seus bens foram primeiramente abençoadas espiritualmente por Ele. Senhor, obrigado por abrir o meu entendimento e por me lembrar de que posso ser duplamente abençoado recebendo espiritualmente e abençoando materialmente aos que ministram na minha vida. Amém

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ELP