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PRINCÍPIOS PARA UM VIVER EM SANTIDADE – 3 de 4

Texto: Levítico 19

Objetivo: Consagração (Expositivo)

11º. Santidade na alimentação

- “Não comereis coisa alguma com sangue” (Lv 19.26).

- “Todo israelita ou estrangeiro residente que comer sangue de qualquer animal eu me voltarei contra esse que comeu sangue, e o eliminarei do meio do seu povo” (Lv 17.10).

- Todo animal morto para servir de alimento deveria ter todo o seu sangue escoado. Até hoje, judeus observam esta regra e, onde é possível, eles têm seus próprios matadouros e açougues.

- Mas não comam carne com sangue, que é vida” (Gn 9.4).

- A mesma restrição foi levada aos cristãos gentios.

- Pelo contrário, devemos escrever a eles, dizendo-lhes que se abstenham de comida contaminada pelos ídolos, da imoralidade sexual, da carne de animais estrangulados e do sangue” (At 15.20).

 

* Cada cristão tem liberdade para comer ou não sangue, de acordo com sua consciência.
Argumentos contra

 

a) Deus proibiu todos de comer sangue

- Primeiro a Noé e seus descendentes, muito tempo antes das leis de Moisés para Israel (Gn 9.3,4).

b) O sangue representa a vida

- Seria o respeito ao valor simbólico do sangue na Bíblia, abstendo-nos de comer.

c) Os apóstolos recomendaram não comer

- Depois de discutir uma grande controvérsia sobre as leis do AT, especialmente da circuncisão, uma das recomendações dos apóstolos foi não comer sangue, para não escandalizar quem pensa diferente, além de outras como idolatria e licenciosidade (At 15.28,29).

 

Argumentos a favor

a) Jesus declarou puros todos os alimentos.

- Não é o que comemos que nos torna impuros, o problema é o nosso coração; já não estamos sujeitos a regras cerimoniais de pureza (Mt 7.18-20).

b) Podemos comer tudo, mas não demais e sem equilíbrio.

- Não há alimentos que são ruins em nível espiritual, mas podem causar problemas para a consciência de quem acha que são ruins (Rm14.14).

c) A proibição era só uma recomendação.

- Para não escandalizar, naquele momento.

- Os apóstolos não impuseram a proibição de comer sangue como lei nem comentaram mais sobre ela, como fizeram sobre a idolatria e a imoralidade sexual.

- Ambos os lados têm argumentos válidos e cabe a cada pessoa decidir o que acha sobre o assunto. Qualquer que seja sua opinião, dê glória a Deus e não condene quem tem uma opinião diferente.

- “A comida, porém, não nos torna aceitáveis diante de Deus; não seremos piores se não comermos, nem melhores se comermos” (1Co 8.8).

 

12º.  Santidade na relação com o mundo espiritual.

- “Não pratiquem adivinhação nem feitiçaria [agouro]” (Lv 19.26b).

- Praticar magias ou empregar certas palavras chamadas “mágicas” com o fim de obter auxílio dos espíritos para efeitos extraordinários eram condenadas.

- Feitiços e encantamentos, mesmo que não sejam com intenções imorais ou licenciosas, levam às superstições e à idolatria.

- Muitos são influenciados por crenças supersticiosas.

- Alguns jornais publicam previsões de ‘sorte’ ou ‘azar’ para o dia, e dão conselho.

- Os que usam mostram falta de confiança na providência de Deus.

- “Não recorram aos médiuns, [que invocam espíritos dos mortos] nem busquem os espíritas, pois vocês serão contaminados [ficarão impuros, serão influenciados] por eles” (Lv 19.31ª).

- Não busquem adivinhadores e encantadores.

- Quando não é charlatanismo, estão sendo usados pelos espíritos malignos para enganar e iludir.

- Os demônios conhecem a vida do morto e falam por ele, no lugar dele, já que mortos não se comunicam.

- Voltarei o meu rosto contra aquele que procurar médiuns e espíritas para segui-los, prostituindo-se com eles. Eu o eliminarei do meio do seu povo” (Lv 20.6).

Não permitam que se ache alguém entre vocês que queime em sacrifício o seu filho ou a sua filha; que pratique adivinhação, ou dedique-se à magia, ou faça presságios, ou pratique feitiçaria ou faça encantamentos; que seja médium, consulte os espíritos ou consulte os mortos” (Dt 18.10, 11).

- Cartomancia: que adivinha pelos Tarôs e outras cartas.

- Quiromancia: que acredita ou finge acreditar que lê o futuro das pessoas pelas linhas das mãos.

- Necromancia: que busca consultar espíritos de mortos.

- Aqui há uma forte condenação das práticas espíritas existentes nos dias de hoje.

- “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes” (Tg 1.17).

 

13º.  Santidade do corpo

- “Não cortem o cabelo dos lados da cabeça, nem aparem as pontas da barba. Não façam cortes em seus corpos por causa dos mortos, nem tatuagem [marcas] em si mesmos” (Lv 19.27, 28ª).

- Estas proibições serviam para guardar o povo de Israel de seguir as práticas supersticiosas e idólatras dos pagãos que viviam ao seu redor, para que os judeus fossem distinguidos dos pagãos.

a) “Não cortem o cabelo dos lados da cabeça”

- Os pagãos cortavam os cabelos da cabeça ou da barba de certas maneiras para honrar seus ídolos ou para os ritos fúnebres pagãos.

- Prática aprendida pelos israelitas no Egito, pois esse tipo de penteado tinha um significado altamente idólatra; e foi adotado, com algumas pequenas variações, por quase todos os idólatras dos tempos antigos.

- “Sobe-se ao templo em Dibom, a seus altares idólatras, para chorar; por causa de Nebo e de Medeba Moabe pranteia. Todas as cabeças estão rapadas e toda barba foi cortada” (Is 15.2).

- Frequentemente uma mecha de cabelo era deixada na parte de baixo da cabeça, o resto era cortado, como os turcos, chineses e hindus fazem nos dias de hoje.

b) “Nem danificarás a ponta de tua barba”

- Surpreende-nos Moisés se preocupar com minúcias como as de regular a moda do cabelo e da barba.

- Os egípcios costumavam moldar ou cortar os bigodes, como pode ser visto nos caixões de múmias, e as representações das divindades nos monumentos. Os hebreus, a fim de se separarem das nações vizinhas, ou talvez para acabar com alguma superstição existente, foram proibidos de imitar essa prática.

c) “Não façam cortes em seus corpos por causa dos mortos” [Quando chorarem a morte de alguém, não se cortem].

Vocês são os filhos do Senhor, do seu Deus. Não façam cortes no corpo nem rapem a frente da cabeça por causa dos mortos pois vocês são povo consagrado ao Senhor, ao seu Deus. Dentre todos os povos da face da terra, o Senhor os escolheu para serem o seu tesouro pessoal” (Dt 14.1,2).

- Cortar o corpo era praticado para mostrar arrependimento extremo ou desespero em petições e cerimônias fúnebres.

- Sobre os profetas de Baal com Elias: “E eles clamavam em altas vozes, e se retalhavam com facas e com lancetas, conforme ao seu costume, até derramarem sangue sobre si” (1Rs 18.29).

- “Não ferireis [dareis golpes] a vossa carne”.

- Proíbe-se qualquer desfiguramento voluntário da pessoa.

d) nem tatuagem [marca] em si mesmos.

- A palavra “tatuagem” não existe no hebraico, mas “marca”.

- No hebraico, é usada a palavra ‘katabah’ que significa literalmente impressão, marca.

- Uma marca em honra aos mortos.

- Ao ferir-se, ficavam as cicatrizes, como ‘marcas’.

- A única forma das pessoas provarem tais crenças em seus deuses era apresentando marcas na pele do ritual que tinham feito.

- “Não darão golpes na sua carne” (Lv 21.5,6).

 

* A tatuagem pode tornar-se um pecado, pelas seguintes razões:

1) O nosso corpo é o templo do Espírito Santo.

2) Não é algo que glorifique a Deus.

3) Não é realmente necessário, algo que se queira ter pelo resto da vida. Ainda que haja método para retirar, ele é muito caro.

4) E se nos arrependermos com a maturidade?

5) Jesus não fez tatuagens ou algum profeta a fez.

6) Em prisões se observa muitos presos tatuados, também como símbolo de identidade, de uma facção.

7) Pela aparência do mal.

8) Escandaliza seu irmão.

“Mas, se por causa da comida (tatuagem ou outra coisa em que não há consenso) se contrista teu irmão, já não nadas conforme o amor. Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, (nem tatuagem ou outra coisa irrelevante) mas justiça e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.15-17).

- Deus não se agrada em sermos motivo de escândalo; por amor aos irmãos que condenam a prática, evitemos e não destruamos a obra de Deus por causa de tatuagens.

9) Será usada (na mão) pelos que seguirão o Maligno (Besta)

Também obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome” (Ap 13.16,17).

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