
6º. Santidade na aplicação da justiça
“Não cometam injustiça num julgamento [juízo]; não favoreçam [deslealmente] os pobres, [os humildes], nem procurem agradar os grandes [nem honrarás a face do poderoso], mas julguem o seu próximo [todas as causas] com justiça. Não espalhem calúnias [boatos, mentiras, fake news] entre o seu povo. Não se levantem contra a vida do seu próximo [nem faça uma acusação falsa que possa causar a morte de alguém]. Não se levantem contra a vida do seu próximo [Não andarás como mexeriqueiro]” (Lv 19.15 a 16b).
7º. Santidade na solidariedade
a) Esvaziando o coração de amargura
- “Não guardem ódio contra o seu irmão no coração [Não aborrecerás teu irmão no íntimo]; antes repreendam com franqueza o seu próximo para que, por causa dele, não sofram as consequências de um pecado [não consentirás sobre ele pecado]” (Lv 19.17).
- “Melhor é a repreensão feita abertamente do que o amor oculto” (Pv 27.5).
- “Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão. Não procurem vingança [não te vingarás], nem guardem rancor contra alguém do seu povo” (Mt 18.15 e 18ª).
- A natureza humana decaída deseja “acertar as contas” com quem a prejudica, mas é inútil e danoso guardar rancor.
- “Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: Minha é a vingança; eu retribuirei, diz o Senhor” (Rm 12.19).
b) Fazendo-se próximo
- “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças” (Dt 6.5).
- “Mas ame cada um o seu próximo como a si mesmo [mas ame os outros como você ama a você mesmo]” (Lv 19.18b).
- A primeira Tábua da Lei pode ser resumida pelas palavras: “Amarás a Deus plenamente”, A segunda Tábua, pelas palavras: “Amarás o seu próximo como a si mesmo”.
“Um deles, perito na lei, o pôs à prova com esta pergunta: Mestre, qual é o maior mandamento da Lei? Respondeu Jesus: Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mt 22.39,40).
- Amar o próximo é fazer-se próximo de quem precisar.
8º. Santidade na pureza (não mistura)
- “Obedeçam às minhas leis. [Guardarás os meus estatutos]; não cruzem diferentes espécies de animais. Não plantem duas espécies de sementes na sua lavoura [no teu campo não semearás sementes diversas]. Não usem roupas feitas com dois tipos de tecido. [feitas de tipos diferentes de tecidos]” (Lv 19.19).
- Moda pagã de cerimoniais.
- Princípio da pureza livre de mistura.
- O que Deus na criação ajuntou, não separe e o que Deus separou não ajunte o homem.
- O povo estava sendo instruído a deixar como estão as coisas separadas pela criação.
- Não vamos mexer demais na natureza.
- Apenas uma área de exemplo: na sexualidade: heterossexuais, homossexuais, bissexuais, transexuais etc. Como consequência, deformações e perversões sexuais: fetichismo, sadismo, masoquismo, pedofilia, necrofilia, zoofilia etc.
- Respeito às espécies originais.
- “Vocês não podem beber do cálice do Senhor e do cálice dos demônios; não podem participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios” (1Co 10.21).- “Não podemos servir a dois senhores” (Lc 16.13).
9º. Santidade das relações conjugais
“Se um homem deitar-se com uma escrava prometida a outro homem, mas que não tenha sido resgatada nem recebido sua liberdade, aplique-se a devida punição. Contudo não serão mortos, porquanto ela não havia sido libertada. O homem, porém, trará ao Senhor, à entrada da Tenda do Encontro, um carneiro como oferta pela culpa. Com o carneiro da oferta pela culpa [expiação de culpa] o sacerdote fará propiciação por ele perante o Senhor, pelo pecado que cometeu; assim o pecado que ele cometeu será perdoado” (Lv 19.20-22).
- Aqui não está claro se ele era casado, mas, sim, que ela poderia ser prometida, isto é, comprometida com outro homem, mas ainda não foi resgatada; ela é, portanto, propriedade daquele a quem serve.
- O fato de a escrava, embora prometida, não ter sido resgatada nem libertada serviria de proteção para ela contra a sentença de morte pelo pecado mencionado.
- O homem deveria trazer a oferta de um carneiro/cordeiro para ser sacrificado em seu lugar, por sua culpa. Pelo sacerdote, à entrada do Tabernáculo para obter o perdão pelo seu pecado.
- Se ele fosse casado e ela também já fosse definitivamente do outro, a pena seria de morte, apedrejamento.
- Um adultério não precisa ser a morte do casamento, pode ser perdoado, mediante o arrependimento e a confiança no perdão, pelo sacrifício definitivo do perfeito Cordeiro de Deus, que tira o pecado, na cruz do Calvário.
10º. Santidade na dedicação da parte do que pertence a Deus
- “Quando vocês entrarem na terra [de Canaã] e plantarem qualquer tipo de árvore frutífera, considerem proibidas as suas frutas. Durante três anos vocês as considerarão proibidas [impuras]; não poderão comê-las” (Lv 19.23).
- A sabedoria desta lei é muito marcante. Todo jardineiro nos ensinará a não deixar as árvores frutíferas darem seus primeiros frutos, mas arrancar as flores; assim elas prosperarão melhor e, depois disso, serão mais abundantes. A própria expressão, para considerá-los incircuncisos (em algumas versões), sugere a propriedade de eliminar o broto.
- Na primeira florada (brotos), antes da fruta, esta será cortada, como um prepúcio numa circuncisão.
“No quarto ano todas as suas frutas serão santas; será uma oferta de louvor ao Senhor [serão dedicadas a mim, o Senhor, como oferta de louvor]. No quinto ano, porém, vocês poderão comer as suas frutas. Assim a sua colheita aumentará [e assim as árvores produzirão cada vez mais]” (Lv 19.24,25).
- Os primeiros frutos, assim como os primogênitos do gado e das crianças, deveriam ser dedicados ao Senhor porquanto Israel era o primogênito de Deus, consagrado a Ele (Êx 4.22).