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Livro de NÚMEROS

(Informações selecionadas de muitos ilustres estudiosos bíblicos, aos quais agradeço, adaptadas e reorganizadas por mim)


CURIOSIDADES E OUTRAS INFORMAÇÕES


1. O Livro de Números tem este nome porque registra dois censos (contagens) do povo de Israel, a saber:

a) Quando o povo saiu do Egito, para descobrir com quantos Moisés podia contar em uma eventual guerra (cap. 1);

b) E outro, quando o povo estava para entrar em Canaã, também para saber com quantos podia se contar para uma guerra certa, após 38 (cap. 27).

 2. Nos dois momentos, só foram contados os homens de 20 anos para cima e em condições de guerrear. Portanto, não foram contados: os anciãos, as mulheres, os jovens abaixo de 20 anos e as crianças;

a) Foram contadas as seguintes tribos: Rubem, Simeão, Gade, Judá, Issacar, Zebulon, Efraim, Manassés, Benjamim, Dã, Aser e Naftali (12 tribos);

b) A mais numerosa era Judá, com 74.600 e a menor, a de Manassés, com 32.700;

c) A tribo que originalmente teria o nome de José foi dividida em duas: a de Manassés e a de Efraim, formadas pelos descendentes dos dois filhos de José;

d) A tribo de Levi (levitas e sacerdotes) não foi contada, por ser exclusivamente responsável pelo culto. Não iam para a guerra. Também não receberam terras na divisão; eram sustentados pelas ofertas de todas as tribos. Contando a tribo de Levi (os levitas), o povo era formado por 13 grupos familiares de Jacó (Israel);

e) O primeiro censo registrou: 603.550 homens aptos para a guerra;

f) O segundo censo registrou: 601.730 homens aptos para a guerra.

3. Para os judeus, o Livro de Números chama-se “No Deserto”, expressão que aparece no primeiro versículo: “Falou mais o Senhor a Moisés, no deserto do Sinai”. Este título designa o livro que narra tudo que aconteceu com o povo de Deus na caminhada pelos desertos da região.

4. O título em português ‘Números’ é o mesmo que o Livro recebeu na tradução do Antigo Testamento para o grego (a Septuaginta ou dos setenta). Arithmoi originou aritmética; daí o título Números. Foi adotado também pela Vulgata (Numeri), tradução do grego e do hebraico para o latim, no sec. IV, feita por Jerônimo.

5. O Livro ainda é chamado de: “Livro das Jornadas”, “Livro das Murmurações” e o “Quarto Livro de Moisés”.

6. O fato mais inusitado narrado no Livro é o da burrinha de Balaão que falou (cap. 22), reclamando de sua hostilidade e o alertando sobre os fatos que ele não via.

7. Destacam-se também no Livro outros assuntos:

a) A descrição dos hábitos dos nazireus (homens que se consagravam a Deus (cap. 6);

b) O episódio das codornizes, alimento mandado por Deus para o povo (cap. 11);

c) As chamadas ‘cidades de refúgio’, onde os criminosos não intencionais se abrigavam, para não morrer, vitimados pela vingança; na época prevalecia a lei do ‘olho por olho e dente por dente’ (cap. 35).

8. Nas peregrinações, as tribos caminhavam separadas, cada uma com seu estandarte e com suas responsabilidades. No meio da comitiva, ia o pelotão dos levitas que levava a Arca da Aliança, simbolizando a presença de Deus no meio deles.

9. Os fatos narrados pelo Livro de Números, correspondem a um período aproximado de 40 anos, de 1.440 a 1.400 a.C. (*) Esta contagem regressiva de anos foi idealizada em 525 d.C. pelo Monge Dionísio, numa tentativa de colocar o nascimento de Jesus Cristo como o marco histórico mais significativo, do fim de um tempo e do início de outro. A sigla a.D. – em latim Anno Domini, Ano do Senhor – só foi adotada plenamente no mundo ocidental no século VIII. No sec. XV, foi adotada a expressão a.C. (antes de Cristo). Os judeus e os chineses preservam sua contagem dos anos, paralelamente e de modo diferente.

10. O Livro de Números retrata, tipifica, a trajetória dos cristãos de todos os tempos. Depois de libertados da escravidão do Egito (mundo e pecado) e do domínio de faraó (Satanás), livres, caminhamos para a nossa Terra Prometida, a Canaã celestial. Nosso caminho é um deserto de provações, lutas, crises, mas a presença de Deus sempre está conosco, presença simbolizada na época pela arca e agora por Sua Palavra e a igreja de Cristo, o novo povo de Israel. O reino de Deus foi conquistado por Cristo e será definitivamente implantado, para nele vivermos vitoriosos e eternamente.



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