
TERÇA: O CONFRONTO PESSOAL
Eles perguntam: “Com que autoridade fazes estas coisas?”
Mateus 21.23-27
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!” (sete vezes)
Mateus 23
–– “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas...”
Mateus 23.37-39
Esses textos acima formam uma sequência clara de tensão crescente: confronto, denúncia, lamento, na última terça de Jesus. Foi exatamente no templo que Ele passou o dia inteiro confrontando os líderes religiosos, ensinando por meio de parábolas, respondendo perguntas capciosas e declarando seu lamento pela incapacidade de Israel se alinhar ao projeto de Deus: fazer da nação uma luz para os povos, por meio de Cristo. O dia de prestação de contas havia chegado, e Jesus não mediu palavras ao declarar juízo e advertência da parte de Deus sobre o povo. A conclusão da parábola dos lavradores maus não poderia ser mais impactante para os ouvintes, pois compreenderam claramente que Jesus estava falando deles: “Portanto, eu lhes digo que o Reino de Deus será tirado de vocês e será entregue a um povo que produza os respectivos frutos.” (Mateus 21:43). Se, por um lado, o texto denuncia a infidelidade da nação, por outro revela a rejeição que o próprio Jesus teve de suportar. Que dia intenso, carregado de confrontos e emoções à flor da pele. Charles Spurgeon comenta: “A linguagem de Cristo foi severa, mas não amarga. O Senhor que chora por Jerusalém é o mesmo que clama ‘Ai de vós’. O amor verdadeiro denuncia o pecado, mesmo que isso custe tudo. A hipocrisia religiosa é mais ofensiva a Deus do que a imoralidade escancarada.” Você já viveu um dia de confrontos profundos, em que teve que falar a verdade na cara dos seus opositores? John Stott, por sua vez, declara: “Esse é um dos clamores mais comoventes das Escrituras. A paixão de Jesus por Jerusalém mostra que o julgamento não vem com prazer, mas com dor. Deus é longânimo, mas não tolera rejeição indefinida.” Amém
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ELP
