
QUASE OBRIGADO A AGIR
Confiou em Deus; pois que Deus venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque ele disse: “Sou Filho de Deus”.
Mateus 27.43
A liderança religiosa judaica, além de lançar mão de um expediente injusto para condenar Jesus, recorreu também ao sarcasmo e ao cinismo em sua forma mais cruel, zombando do próprio Deus em quem Cristo confiava. A cena remete às tentações em Mateus 4, onde o argumento de Satanás era sempre o mesmo: Deus só agiria de modo favorável, nunca em sentido contrário. No entanto, Deus é soberano — Ele é Deus, faça ou não faça. Pedro experimentou livramento do cárcere, mas João Batista não foi poupado da morte. No caso de Jesus, o livramento não veio na sexta-feira, mas no domingo pela manhã, com poder e glória! Aleluia. Quantas vezes nós mesmos enfrentamos circunstâncias em que os de fora exigem, sem entendimento, uma prova imediata da ação de Deus em nossa vida? O texto de Mateus registra o cumprimento profético do Salmo 22:8: “Confiou no Senhor, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer.” Contudo, a resposta de Deus veio de outra forma: (1) escuridão sobre a terra, das 12h às 15h, sinal do juízo divino (Mt 27:45); (2) o véu do templo rasgado de alto a baixo, abrindo o acesso ao Santo dos Santos (Mt 27:51); (3) terremoto e rochas fendidas, a criação reagindo à redenção (Mt 27:51); (4) sepulcros abertos e ressurreição de santos, antecipando a vitória sobre a morte (Mt 27:52–53); e (5) a confissão do centurião romano: “Verdadeiramente este era o Filho de Deus!” (Mt 27:54), confirmando pela boca de um gentio aquilo que os líderes haviam zombado. Como disse Agostinho: “Entrega o teu passado à misericórdia de Deus, o presente ao Seu amor e o futuro à Sua providência.”Obrigado Senhor que tu não reages como o homem reage, mas tua ação vem no tempo certo sempre favorável a nós.
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ELP
