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Sementeira Homilética baseada no livro:
MATEUS

BANQUETE MACABRO

"Influenciada por sua mãe, ela disse: 'Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista'".

Mateus 14.8

 

Quando pensamos que a maldade atingiu níveis estratosféricos em nossos dias, somos confrontados por uma cena dantesca dos tempos de Jesus: um banquete onde a perversidade reinava à mesa. Herodias e sua filha Salomé, unidas pelo mesmo quilate moral corrompido, pediram a cabeça de João Batista — tudo porque ele denunciava o pecado de adultério da própria Herodias. Esse pedido macabro, e o fato de ter sido atendido, revelam até onde pode chegar o espírito de vingança aliado à manipulação. Perceba: o inimigo não pede os pés — ele mira a cabeça. João Calvino comenta: “João não foi morto por um crime, mas por uma repreensão justa. A audácia de Herodias era tamanha que, não satisfeita em viver em adultério, buscava silenciar aquele que a chamava ao arrependimento.” João é considerado um mártir — alguém que entrega a vida por uma causa santa. Veja como Deus honra os que morrem por amor à verdade: “Quando o Cordeiro abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram.” (Apocalipse 6:9). Os mártires têm lugar especial na glória: debaixo do altar, símbolo de honra, segurança e proximidade com Deus. Você percebe os contrastes nesse relato? Uma festa, um banquete — mas ali não houve alegria: houve morte, injustiça e maldade disfarçadas de celebração. Charles Spurgeon resume com clareza pungente: “João era um mártir — não apenas de sangue, mas da verdade. Morreu porque amava mais a pureza do que a sua própria vida.” Que o Senhor nos ajude a compreender essa entrega profunda, onde não oferecemos apenas a alma, mas também o corpo como sacrifício vivo. Amém.

 

 

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ELP

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