
A INVEJA MATA
"Porque Pilatos sabia que foi por inveja que o tinham entregado."
Mateus 27.18
A manifestação da inveja por parte dos líderes religiosos durante o ministério de Jesus deixa claro que a inveja espiritual não conhece limites. Nem mesmo a morte daqueles que despertam seus sentimentos mais baixos é suficiente para satisfazê-los. O livro de Provérbios afirma: “O coração em paz dá vida ao corpo, mas a inveja apodrece os ossos” (Provérbios 14.30). A inveja é como um câncer que corrói internamente. No contexto espiritual, ela é a confissão silenciosa de uma alma falida, incapaz de buscar em Deus o que vê sendo concedido ao outro. O Novo Testamento confirma essa realidade em Atos 5.17: “Levantando-se o sumo sacerdote e todos os que estavam com ele, isto é, a seita dos saduceus, ficaram cheios de inveja.” A inveja nasce da comparação e da insatisfação. O invejoso não consegue celebrar o bem do outro nem se alegrar com suas próprias bênçãos. Vive inquieto, frustrado e amargurado. Um resumo do que a inveja pode causar revela que: (1) rouba a paz interior; (2) gera atitudes destrutivas; (3) afasta o homem de Deus; (4) impede o crescimento espiritual; e (5) destrói relacionamentos. Martinho Lutero afirmou com precisão: “O invejoso não deseja apenas o que o outro tem — deseja que o outro perca o que tem.” Um exemplo claro é a história dos irmãos de José. “Seus irmãos lhe tinham inveja; o pai, porém, guardava aquilo no coração” (Gênesis 37.11). Jogá-lo numa cisterna e vendê-lo como escravo foi pura manifestação de inveja, porque o favor de Deus estava sobre ele. Você já se percebeu dominado por esse sentimento? A. W. Tozer nos adverte: “O espírito de inveja testifica que ainda somos carnais, que ainda não aprendemos a descansar na soberania de Deus.” E Paul Washer encerra com um alerta necessário: “Você nunca será usado por Deus enquanto olhar com ciúmes para os dons que Ele deu a outros.” Mas há cura na cruz. Quem confessa sua inveja encontra graça. E quem aprende a celebrar os dons dos outros descobre, enfim, a beleza do próprio chamado. Amém.
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ELP
