SEGUNDA: DIA DE REPRIMENDA DUPLA
“Então Jesus disse à figueira: — Nunca mais alguém coma do seu fruto. E os seus discípulos ouviram isto. Também os ensinava e dizia: — Não está escrito: ‘A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos’? Mas vocês a transformaram em covil de ladrões.”
Marcos 11.14, 17
Domingo foi o dia do cumprimento de profecias, quando Jesus, montado em um jumentinho, entrou em Jerusalém, sendo recebido com entusiasmo em uma recepção digna de reis. Após o evento, retornou a Betânia, e na segunda-feira seus passos estavam contados. Seu destino era o templo, mas, no caminho, a primeira reprimenda acontece: a figueira sem frutos. Durante todo o ministério, Jesus foi alvo da perseguição dos líderes de Israel, e agora, no encerramento de sua jornada terrena, vem o acerto de contas. A figueira estéril simbolizava a esterilidade espiritual da nação que o rejeitou como o Messias, o Yeshua enviado de Deus. A segunda reprimenda ocorre logo em seguida, dentro do templo, quando Jesus vira as mesas e repreende os cambistas e os saduceus que dominavam o comércio naquele lugar sagrado. Se o domingo foi um dia inesquecível, a segunda-feira foi uma catástrofe para os religiosos e para o propósito divino que estava sendo frustrado pela dureza de coração da nação. Jesus poderia ter dito o que, de fato, diria pouco depois: “Você não reconheceu o tempo da sua visitação.” João Calvino comenta: “A maldição da figueira era uma parábola visível. Cristo denunciou, com isso, a hipocrisia dos líderes judeus, que tinham a forma da piedade, mas negavam seu poder.” John Piper declara sobre o templo: “A paixão de Jesus pelo zelo da casa de seu Pai é também um retrato de como Ele odeia qualquer coisa que obscureça a glória de Deus. A ira santa no templo é amor à santidade.” Você entende que Jesus precisou agir com firmeza por causa da incredulidade e da frieza que a religião vazia produz? A segunda-feira da última semana de Jesus foi um ultimato aos religiosos que vivem de aparência, mas não se entregam verdadeiramente a Deus.
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ELP
