
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
"Se alguém quer me seguir, negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me."
Marcos 8.34
Dietrich Bonhoeffer, autor do clássico cristão O Custo do Discipulado, faz um contraste profundo entre a graça barata e a graça preciosa. Mas, para esta reflexão, tomo emprestada a ideia de custo: quanto cada um precisa pagar para seguir o Mestre. Lembre-se de que o jovem rico não aceitou o convite de Jesus para segui-lo, porque teria que vender tudo o que possuía e dar aos pobres. Nosso texto base é profundamente desafiador, porque Jesus apresenta diante de todos nós o conteúdo programático do seu discipulado. A tarefa de seguir a Cristo não é simplória; trata-se de uma imitação real de seus passos, uma repetição do programa de Deus para Ele. Seguir a Jesus, todos querem; mas negar a si mesmo e tomar a sua cruz — é justamente aí que está o cerne da questão. Expandindo o texto, “negar a si mesmo” significa morrer para si — e essa é uma exigência feita logo no início da jornada cristã. Não se trata de uma demanda reservada àqueles que já alcançaram maturidade, mas de uma condição para os que estão apenas começando. É o primeiro passo. Na sua caminhada, você sente o peso da cruz? Sente a dificuldade de negar-se a si mesmo? A.W. Tozer afirmou com precisão: “A cruz não era um objeto decorativo... ela era um instrumento de morte. Quando Jesus nos chama a tomá-la, Ele nos convida a morrer — morrer para o ego, para a vaidade, para o mundo.” Tomar a cruz é, portanto, a confirmação prática do primeiro passo: negar-se. É fazer o que Ele fez, é andar como Ele andou. O apóstolo Paulo expressa isso com sabedoria e profundidade ao dizer: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2:20). Concluo com quem comecei — Dietrich Bonhoeffer: “A cruz não é o sofrimento que surge inevitavelmente na vida, mas o sofrimento que resulta do discipulado fiel a Cristo... Quando Cristo chama um homem, Ele o chama para morrer.” Amém.
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ELP
