MALAQUIAS 1 A 4

CURIOSIDADES E OUTRAS INFORMAÇOES

1. O Livro de Malaquias é formado por quatro capítulos, mas na Bíblia Hebraica, ele é dividido em 3 capítulos. O 3º e o 4º formam um só, até porque o 4º capítulo só tem 6 versículos.

2. Malaquias é mencionado no NT:

a) Mt 11.10: Este é aquele a respeito de quem está escrito: ‘Enviarei o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti’.

b) Mt 17.1 2: Mas eu lhes digo: Elias já veio, e eles não o reconheceram, mas fizeram com ele tudo o que quiseram. Da mesma forma o Filho do homem será maltratado por eles".

c) Mc 9.11-12: E lhe perguntaram: "Por que os mestres da lei dizem que é necessário que Elias venha primeiro?" Jesus respondeu: "De fato, Elias vem primeiro e restaura todas as coisas. Então, por que está escrito que é necessário que o Filho do homem sofra muito e seja rejeitado com desprezo?

d) Lc 1.17: E irá adiante do Senhor, no espírito e no poder de Elias, para fazer voltar o coração dos pais a seus filhos e os desobedientes à sabedoria dos justos, para deixar um povo preparado para o Senhor". [Citando versos finais de Malaq. 4].

e) Rm 9.13: Como está escrito: "Amei Jacó, mas rejeitei Esaú". [Citando Ml.1.2-3].

I. AUTOR E DATA

3. Nada se sabe a respeito de Malaquias. É bem possível que o nome seja um título, em vez de nome de quem escreveu.

4. A expressão “Malaquias” em hebraico é malachi, que quer dizer “o meu mensageiro” ou “meu anjo”.

5. Esse profeta anunciou as mensagens de Deus ao povo de Judá depois de haver sido reconstruído o Templo de Jerusalém (Ml 3.10), mais ou menos em 515 a.C., depois do tempo dos profetas Ageu e Zacarias.

II. RESUMO

6. Visão geral de Malaquias.

- O livro consiste em três seções, precedidas por uma introdução (Ml 1.1-5), na qual o profeta lembra Israel do amor de Javé para com eles:

a) A primeira seção (Ml 1.6-2:9) contém uma severa repreensão dirigida aos sacerdotes que desprezaram o nome de Javé, foram os guias no afastamento do povo de sua adoração e da aliança, e por sua parcialidade em administrar a lei.

b) Na segunda seção (Ml 2.9-16) o povo é repreendido por seus casamentos com pagãos idólatras.

c) Na terceira, (Ml 2.17-4:6) ele se dirige ao povo como um todo, e os adverte da vinda do Deus do julgamento, precedido pela vinda do Messias.

7. Esboço:

a) O amor de Deuspor Israel: 1.1-5.

b) O Senhor condena os sacerdotes: 1.6 a 2.9.

c) A desobediência do povo: 2.10-16.

e) O dia do juízo está chegando: 2.17 a 3.5

f) O pagamento dos dízimos: 3.6-12,

g) A compaixão de Deus 3.13-18

h) O Dia do Senhorestá próximo: 4.1-6.

III. MENSAGEM

8. Por meio do seu “mensageiro”, Deus:

a) Acusa Israel de egoísmo após o exílio e anuncia que o dia do Senhor purificará Israel e o preparará para o reino de Deus.

b) Declara o seu amor eterno pelo Seu povo e o Sua rejeição pelos edomitas (descendentes de Ezaú, hostis a Israel).

c) Deus condena os sacerdotes e os pecados do povo: casamento com mulheres estrangeiras e infidelidade conjugal.

d) O dia do juízo está chegando, mas, antes disso, Deus enviará o seu mensageiro para preparar o caminho do Senhor .

e) É assim que termina o último livro do AT, prometendo a vinda da-quele que preparou o caminho para o Senhor, isto é, a vinda de João Batista.

9. Este livro ensina que Deus castiga os que lhe desobedecem e abençoa os que lhe obedecem. Mas, acima de tudo, mostra que Deus sempre amou o Seu povo escolhido e nunca deixará de amá-los (1.2; 3.6,17).

10. Pelo Livro de Malaquias, Deus diz ao seu povo, em todos os tempos: “Voltem para mim, e eu voltarei para vocês” (3.7).

10. As sete perguntas feitas pelo povo de Israel a Deus, feitas por intermédio de Malaquias:

SETE PERGUNTAS DE UM CRISTÃO QUASE PAGÃO

I. INTRODUÇÃO

a) Malaquias = “Meu mensageiro"

b) Último profeta do AT: 440 a 400aC. Pós-exílio da Babilônia.

Contemporâneo de Esdras e Neemias. Mesmos problemas.

II. Sete afirmações de Deus e sete perguntas sínicas, sarcásticas ou ingênuas de um povo imaturo espiritualmente, quase pagão.

1ª. A pergunta do INGRATO:

‘De que maneira nos amastes?’

Malaquias 1.2-3:

‘Eu sempre os amei’, diz o Senhor. "Mas vocês perguntam: ‘De que maneira nos amaste? "Não era Esaú irmão de Jacó?, declara o Senhor. Todavia eu amei Jacó” (não Ezaú).

- Questionaram o amor de Deus

- Deus escolheu Israel entre outros povos e fez maravilhas diante deles, mas o povo se esqueceu e tornou-se ingrato.

2ª. A pergunta do IMATURO:

‘De que maneira temos desprezado o teu nome?’

Malaquias 1.6-7:

‘O filho honra seu pai, e o servo o seu senhor. Se eu sou pai, onde está a honra que me é devida? Se eu sou senhor, onde está o temor que me devem?", pergunta o Senhor dos Exércitos a vocês, sacerdotes. "São vocês que desprezam o meu nome! Mas vocês perguntam: ‘De que maneira temos desprezado o teu nome?’ Trazendo comida impura ao meu altar!’

- O povo trazia sacrifícios com animais defeituosos e o que sobrava da colheita para o sustento do Templo. 

3ª. A pergunta do INSENSÍVEL:

‘De que maneira te desonramos? ’

Malaquias 2.9-10:

‘E mesmo assim ainda perguntam: ‘De que maneira te desonramos? Ao dizerem que a mesa do Senhor é desprezível:  Ah, se um de vocês fechasse as portas do templo. Assim ao menos não acenderiam o fogo do meu altar inutilmente. Não tenho prazer em vocês, diz o Senhor dos Exércitos, "e não aceitarei as suas ofertas.

4ª. A pergunta do IMORAL:

‘Por que o Senhor não dá atenção às nossas ofertas nem as aceita com prazer?”

Malaquias 2.13-16:

‘Há outra coisa que vocês fazem: enchem de lágrimas o altar do Senhor; choram e gemem porque ele já não dá atenção às suas ofertas nem as aceita com prazer. E vocês ainda perguntam: "Por quê? "É porque o Senhor é testemunha entre você e a mulher da sua mocidade, pois você não cumpriu a sua promessa de fidelidade, embora ela fosse a sua companheira, a mulher do seu acordo matrimonial. Não foi o Senhor que os fez um só? Em corpo e em espírito eles lhe pertencem. E por que um só? Porque ele desejava uma descendência consagrada. Portanto, tenham cuidado Ninguém seja infiel à mulher da sua mocidade. ‘Eu odeio [aborreço] o divórcio’, diz o Senhor, o Deus de Israel, e ‘o homem que se cobre de violência como se cobre de roupas", diz o Senhor dos Exércitos Por isso tenham bom senso; não sejam infiéis’.

- Muitos homens deixavam suas esposas para se unir com mulheres pagãs.

- As lágrimas das esposas trocadas chegaram a Deus.

- Deus não aceita adoração e ofertas para compensar iniquidades.

5ª. A pergunta do INSTÁVEL:

Como voltaremos? ‘Em que temos de tornar?’

Malaquias 3.7:

‘Desde o tempo dos seus antepassados vocês se desviaram dos meus decretos e não os obedeceram. Voltem para mim e eu voltarei para vocês", diz o Senhor dos Exércitos "Mas vocês perguntam: ‘Como voltaremos?’

- Deus lamenta os altos e baixos, as idas e vindas na espiritualidade do Seu povo.

6ª. A pergunta do INFIEL.

Como é que te roubamos?

Malaquias 3.8-10:

‘Pode um homem roubar de Deus? Contudo vocês estão me roubando. E ainda perguntam: ‘Como é que te roubamos?’ Nos dízimos e nas ofertas. Vocês estão debaixo de grande maldição porque estão me roubando; a nação toda está me roubando. 10Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. Ponham-me à prova", diz o Senhor dos Exércitos, "e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las”.

- A maioria estava sendo infiel no dízimo (um décimo da colheita ou do lucro

7ª. A pergunta do ÍMPIO:

‘Onde está o Deus da justiça?’

Malaquias 2.16-17:

‘Vocês têm cansado o Senhor com as suas palavras. ‘Como o temos cansado?’, vocês ainda perguntam. Quando dizem: ‘Todos os que fazem o mal são bons aos olhos do Senhor, e ele se agrada deles’ e quando perguntam: ‘Onde está o Deus da justiça?’

Malaquias 3.13-18:

‘Vocês têm dito palavras duras contra mim’, diz o Senhor. "Ainda assim perguntam: ‘O que temos falado contra ti?’

14"Vocês dizem: ‘É inútil servir a Deus. O que ganhamos quando obedecemos aos seus preceitos e andamos lamentando diante do Senhor dos Exércitos? 15Por isso, agora consideramos felizes os arrogantes, pois tanto prospera o que pratica o mal como escapam ilesos os que desafiam a Deus!". 16Depois aqueles que temiam ao Senhor conversaram uns com os outros, e o Senhor os ouviu com atenção. Foi escrito um livro como memorial na sua presença acerca dos que temiam ao Senhor e honravam o seu nome. 17"No dia em que eu agir", diz o Senhor dos Exércitos "eles serão o meu tesouro pessoal. Eu terei compaixão deles como um pai tem compaixão do filho que lheobedece.18Então vocês verão novamente a diferença entre o justo e o ímpio, entre os que servem a Deus e os que não o servem”.

- Questionaram a justiça e a sabedoria divina, tornando-se murmuradores.

Conclusão

a) Estas perguntas retratam o coração não convertido a Deus do povo.

b) Nossas atitudes, palavras retratam nossa confiança e nossa fidelidade a Deus.

c) Nos tornamos ingratos, insensíveis, imaturos, imorais, instáveis, infiéis e ímpios.

- Que o Senhor nos livre disso!