"Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos peneirar como trigo;"

Lucas 22.31

Chegamos ao quinto nome da nossa série, agora no Novo Testamento. Aqui, Jesus entrega um alerta a Pedro, usando seu nome de nascimento: Simão. “Simão, Simão” — trata-se de uma construção típica da tradição judaica, especialmente no hebraico bíblico, usada com frequência nas Escrituras. Esse recurso tem funções importantes na comunicação bíblica. A repetição do nome de alguém é chamada pelos estudiosos de “vocativo duplo”, e carrega emoção, urgência, intensidade ou intimidade. Essa cena acontece justamente no contexto da celebração da última Páscoa, no cenáculo. Pedro encabeça todas as listas dos apóstolos nos evangelhos; foi ele quem pregou o sermão inaugural do derramar do Espírito, no dia de Pentecostes, quando línguas como que de fogo pousaram sobre os discípulos. Foi Jesus quem lhe deu o nome de Pedro: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja.” (Mateus 16:18) Pedro foi, de fato, peneirado, mas o Senhor esteve com ele, intercedeu por ele, e o perdoou. Negou Jesus três vezes, mas também confessou seu amor por Ele outras três, e recebeu o chamado para apascentar Suas ovelhas. Nunca menospreze uma advertência do Senhor, mesmo que você pense que algo assim jamais poderia acontecer. Quando Ele chamar seu nome duas vezes, fique atento: pode ser um grande alerta divino. Mesmo no momento em que Pedro demonstra confiança, Jesus enxerga sua fragilidade — mas também sua futura restauração. Moody afirma: “A intercessão de Jesus por Pedro demonstra que, mesmo diante de nossas insuficiências, é a graça divina que nos sustenta.”

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ELP