
REVELAÇÃO PRECOCE
Três dias depois, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos os que o ouviam se admiravam da sua inteligência e das suas respostas.
Lucas 2.46-47
Temos que aprender a não ir além do que está escrito, como recomenda Paulo. Ainda assim, uma pergunta persiste: o que Jesus fez entre os doze e os trinta anos? O único episódio registrado, narrado por Lucas, mostra Jesus em Jerusalém, entre os mestres da Lei, por concessão divina, em revelação precoce. Quando encontrado por Maria e José, Ele afirma: “Não sabiam que eu devia estar na casa de meu Pai?” (Lucas 2:49). Não pensemos que os doutores da Lei só tomaram conhecimento de Jesus quando Ele iniciou Seu ministério; ali já surgia o choque entre a religiosidade formal e o Filho que tratava Deus como Pai. William Barclay disse que Jesus “viveu o que pregou: o comum, o cotidiano, o trabalho fiel, a vida simples — e isso santifica o ordinário.” O aparente descuido dos pais foi o momento da revelação do Pai: Jesus assumiu Sua identidade e prioridade — as coisas do Pai acima de tudo. O que você pensa sobre esses “anos de silêncio”? Jesus viveu em Nazaré em obediência, trabalho e maturidade espiritual, aguardando o tempo determinado sob três aspectos: (1) Deus nos forma no anonimato; (2) O silêncio também é escola; (3) A espera tem propósito. Nada foi casual: a Palavra já dizia, “O zelo da tua casa me consumirá” (João 2:17). Assim, ao completar cerca de trinta anos — não por tradição, mas por sinal divino de que chegara Sua hora — iniciou Seu ministério, cumprindo o padrão do serviço levítico (Nm 4:3), do reinado de Davi (2Sm 5:4) e da exaltação de José (Gn 41:46). Senhor nós confiamos que na plenitude dos tempos e na hora de Jesus, ele se manifestou ao mundo, marcando a história dos homens antes e depois dele. Amém
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ELP
