
QUARTA: SATÂNICA
Mas Satanás entrou em Judas, chamado Iscariotes, que era um dos doze. Este foi falar com os principais sacerdotes e os capitães sobre como lhes entregaria Jesus.
Lucas 22.3-4
Como não poderia ser diferente, o Evangelho abre uma janela para expor as ações do maligno no ministério apostólico de Jesus. Um ditado popular afirma que o pior inimigo é o interno — aquele que surge de dentro. O escândalo provocado por Judas foi sem precedentes, pois ele não demonstrava, nem por palavras nem por atitudes, que seria o traidor. Possivelmente desencantado com as posturas políticas de Jesus, Judas abriu brecha para a operação do maligno. Jesus foi vendido pelo valor de um escravo. Embora o preço não fosse alto, seu significado espiritual e profético é imenso: Judas “vendeu” o Filho de Deus por trinta moedas de prata, cumprindo a profecia e revelando a cegueira espiritual daqueles que rejeitaram o Messias. João Calvino declarou: “Satanás usou Judas como instrumento, mas a sua vontade foi ativa. A traição não foi feita sob compulsão, mas por rejeição voluntária do Cristo. A soberania de Deus permitiu que o mal cumprisse seu propósito redentor.” A. W. Tozer, por sua vez, afirma: “O coração que se esfria lentamente se torna o campo fértil para o inimigo. Judas andou com Cristo, mas não foi moldado por Ele. O contato externo com o sagrado não transforma o interior endurecido.” O silêncio de Jesus na quarta-feira foi uma preparação psicológica e física para o que estava por vir nos dias seguintes. Deixo, como alerta espiritual, o texto de 1 Pedro 5.8: “Estejam alertas e vigiem. O diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar.”
🙇♂🙇♂🙇♂
ELP
