
ENSAIANDO PRA VOLTAR
"Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti."
Lucas 15.17-18
A arte de contar histórias estava profundamente arraigada no coração de Jesus. Em Lucas 15:11-32, a parábola do filho pródigo soa mais como um relato da vida real do que uma simples parábola. O irmão mais novo decide aventurar-se longe do pai e do irmão mais velho, buscando viver à sua própria maneira. Mas quero me deter no que possivelmente passou pela mente desse jovem. No início, tudo parecia um sonho: festas, liberdade, sem responsabilidades nem a presença do irmão mais velho, que ele via como chato e mandão. No entanto, ele não tinha experiência alguma em administrar dinheiro—afinal, era o pai quem cuidava de tudo e conhecia o valor de cada centavo gasto na fazenda. Assim, sua vida pacata, fundamentada em princípios morais e espirituais, rapidamente se dissolveu na devassidão. Mergulhou em prazeres efêmeros, cercado de amigos e prostitutas, sem se dar conta de que um dia o dinheiro acabaria. Quando os recursos se esgotaram, o cenário mudou drasticamente. Ele se viu reduzido a trabalhar cuidando de porcos—a pocilga era seu ambiente, mas sua mente estava na casa do pai. Viveu intensamente essa dicotomia até que, caindo em si, começou a ensaiar suas palavras de retorno: "Levantar-me-ei e irei ter com meu pai, e lhe direi..." O filho pródigo percebeu que a verdadeira liberdade não está em viver como se quer, mas em estar sob a graça e o amor do Pai. Quantos filhos pródigos precisam começar a ensaiar essas mesmas palavras para dizer ao Pai aquilo que Ele deseja ouvir? Eu oro para que esta mensagem alcance alguém que se afastou da casa do Pai e precisa voltar. Chegou a hora de ensaiar: "Levantar-me-ei e irei ter com meu pai."
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ELP
