
ALMA MORTALMENTE DOENTE
"Mas ele respondeu ao pai: ‘Olha! Todos estes anos tenho trabalhado como um escravo para o senhor e nunca desobedeci às suas ordens. Mas o senhor nunca me deu um cabrito sequer para eu festejar com os meus amigos.'"
Lucas 15.29
O retorno do filho mais novo não foi sem transtornos e desentendimentos, especialmente entre o filho mais velho e o pai, que recebeu o filho perdido com uma grande festa. O verso acima revela a doença da alma do filho mais velho. Sua linguagem forte está cheia de exageros: "Tenho trabalhado como um escravo; nunca desobedeci às suas ordens; nunca me deu um cabrito sequer." Desconfie de pessoas que usam a palavra "nunca" de forma tão frouxa, pois, via de regra, isso não reflete a verdade. Pela palavra que ele liberou, é possível vê-lo como uma pessoa legalista, indignada, injustiçada, revoltada e doente da alma. A decepção de ter de volta o irmão, com quem teria de dividir a atenção do pai, era grande. Agora, o pai amoroso dá uma resposta ao filho, que não esperava: "Filho, você está sempre comigo, e tudo o que é meu é seu. Mas era necessário fazer uma festa e alegrar-nos, porque este seu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi achado." A doença da alma é a falência da sobriedade, do entendimento. "Tudo o que é meu é seu", que palavra poderosa, sendo declarada pelo pai ao seu filho mais velho. Mas o ódio e a indignação impediram o filho de ver essa verdade. Quantos filhos de Deus estão se sentindo como escravos na casa do Pai e não como filhos? Quantos ainda não têm a dimensão da riqueza do Pai e nada pedem? Concluo com as palavras de C.S. Lewis: "O irmão mais velho é como muitos de nós: justos e retos aos nossos próprios olhos, mas incapazes de ver a alegria e a graça de Deus sendo derramadas sobre os que se arrependem. Ele não consegue compreender que a misericórdia de Deus é maior que qualquer mérito pessoal."
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ELP
