
PROVANDO E PROVADO
“E lhe diziam: Dize, pois: Shibolete; porém ele dizia: Sibolete, porque não o podia pronunciar bem; então pegavam dele e o degolavam nos vaus do Jordão. E caíram, naquele tempo, quarenta e dois mil de Efraim.”
Juízes 12.6
A disputa tola entre irmãos — gileaditas e efraimitas — terminou em tragédia, com a morte de quarenta e dois mil homens nos vaus do Jordão (Juízes 12:6). O orgulho efraimita foi longe demais: criaram contenda mortal apenas porque não haviam sido convidados para a guerra contra os amonitas, liderada por Jefté. Para evitar infiltrações, os gileaditas estabeleceram um ponto de controle no Jordão. O teste era simples: quem conseguisse pronunciar “Shibolete” passava; mas quem dissesse “Sibolete” era executado na mesma hora. A diferença estava em um detalhe gráfico da língua hebraica: Shin (שׁ), com ponto à direita, soa “sh”, como em chuva; já Sin (שׂ), com ponto à esquerda, soa “s”, como em sapato. Nesse pequeno detalhe — um ponto e uma pronúncia — estava a morte. Assim, Provérbios 18:21 ganha força especial: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.” Charles Spurgeon declarou que Shibolete simboliza a confissão correta da fé cristã. “O verdadeiro cristão não se revela por rótulos exteriores, mas pelo que sai da sua boca em relação a Cristo.” Isso nos lembra de Pedro: ele tentou negar o Senhor, mas sua fala o denunciou: “Verdadeiramente, também tu és deles, pois a tua fala te denuncia.” (Mateus 26:73). A confissão a Cristo é a chave que abre a porta da salvação, o caminho do perdão dos pecados e da nova vida em Jesus. Concluo dizendo: Senhor, quando eu era menino, falava como menino; ajuda-me agora a falar como adulto em Cristo. Que a minha língua seja instrumento de vida, confissão e edificação. Amém.
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ELP
