
FRACASSO SUPERVISIONADO
"Vou pescar", disse-lhes Simão Pedro. E eles disseram: ‘Nós vamos com você’. Eles foram e entraram no barco, mas naquela noite não pegaram nada”.
João 21.3
A liderança de Pedro é inquestionável, e o texto deixa isso claro. No entanto, o fracasso daqueles pescadores experientes foi surpreendente: “naquela noite, não pegaram nada.” Jesus, de longe, observava o insucesso deles, que nesta experiência pós-pascal se tornou um lembrete vivo do chamado que ainda permanecia: “Eu farei de vocês pescadores de homens.” O Senhor tem o poder de dirigir nosso progresso, tanto na vida espiritual quanto na vida secular. “Porque não é do oriente, nem do ocidente, nem do deserto que vem a exaltação. Deus é o juiz: a um abate e a outro exalta.” (Salmos 75:6–7). Os discípulos voltaram ao mar, mas o mar já não os queria. O chamado de Deus havia mudado a direção de suas vidas. O fracasso foi o meio que o Senhor usou para lembrá-los de que já não pertenciam às redes, mas ao Reino. Zack Eswine afirma: “Restaurar Pedro do fracasso não eliminou sua capacidade de falhar.” E de fato, não é maravilhoso que Jesus possa usar pessoas que falharam? Se Ele esperasse por gente perfeita, ainda estaria fazendo tudo sozinho. Os discípulos tentavam esvaziar a mente, afastando-se das lembranças de Jesus e de tudo o que Ele ensinara. Mas eles não esperavam viver um fracasso justamente naquilo em que eram competentes. Jesus, porém, observava tudo à distância, preparando uma boa surpresa para eles. O fracasso na pesca foi o ferimento pedagógico que precedeu o reenvio de Pedro — ele precisava compreender que sem Cristo nada pode fazer. Tudo mudou quando Pedro declarou: “...mas, segundo a tua palavra, lançarei as redes.” Essa foi a virada entre o fracasso humano e o milagre divino. Senhor, os teus olhos estão sobre mim até quando fracasso como forma de ensino e crescimento. Obrigado! Amém.
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ELP
