Erguendo-se, Jesus perguntou a ela: — Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém condenou você? Ela respondeu: — Ninguém, Senhor! Então Jesus disse: — Nem eu tampouco a condeno. Vá e não peque mais.

João 8.10-11

A colisão entre a Lei e a Graça tinha uma data marcada, sob um tema delicado para a sociedade daqueles dias: o adultério. O novo aeon — a era do evangelho, as boas novas de Cristo, que está sendo implementado através da proclamação da mensagem do Reino de Deus — foi o cenário para essa revelação. Somente Jesus teria a autoridade e ousadia para interromper a execução de uma determinação da Lei de Moisés. Para o apóstolo Paulo a colisão entre Lei e Graça se resolve em Jesus, que cumpre a Lei e inaugura a era da fé e da salvação pela Graça. Agora, quando o Senhor se abaixa e começa a escrever, possivelmente os pecados daqueles que estavam prontos para apedrejá-la, tudo muda, pois quem jamais usou esse argumento? A graça de Jesus não ignora o pecado, mas oferece uma chance de redenção e transformação. Ele leva os acusadores a se verem como pecadores, igualando todos sob a necessidade de misericórdia. Ele oferece graça em vez de julgamento, perdão em vez de condenação, mas com uma instrução clara: "Não peques mais", um chamado à transformação, não à impunidade. C. S. Lewis sentencia de forma clara: "A mulher adúltera não apenas representava um pecador arrependido, mas também um símbolo de toda a humanidade, que, diante da Lei, não tem desculpa, mas encontra misericórdia em Cristo." Você já experimentou esse poder da graça? Mesmo no erro, recebe a bênção de Deus? Na colisão entre a graça e a lei, não há vítimas, mas somente perdoados e transformados.

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ELP