"Quando vocês estendem as mãos, escondo de vocês os meus olhos; sim, quando multiplicam as suas orações, não as ouço, porque as suas mãos estão cheias de sangue."

Isaías 1.15

A história de Israel carrega marcas indeléveis de como as mãos exerceram um papel de grande relevância. Veja alguns exemplos: Jacó cruza as mãos para abençoar Efraim e Manassés (Gênesis 48.14); Sansão usa as mãos para derrubar o templo dos filisteus (Juízes 16.29–30); Hur e Arão sustentam as mãos de Moisés para que Israel vença os inimigos; a mão misteriosa que escreve na parede no banquete de Belsazar (Daniel 5.5); Jesus impõe as mãos para curar e libertar; e Pilatos, ao lavar as mãos diante da multidão, declara: “Estou limpo desta condenação.” Tiago, irmão do Senhor, nos traz uma exortação poderosa: “Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês. Pecadores, limpem as mãos; e vocês, que têm mente dividida, purifiquem o coração” (Tiago 4.8). Mãos limpas são um requisito exigido por Deus de todos os que desejam se aproximar dEle. O texto base nos oferece uma imagem muito forte: a de um Deus que esconde os olhos para não ver as mãos estendidas do seu povo. As mãos simbolizam nossos atos, nossa conduta, nossa vida. Quando aperto uma mão calejada, sei que por trás dela há uma história de trabalho árduo e vida difícil. A. W. Tozer afirmou: “Deus quer ver mãos limpas levantadas, não como sinal de orgulho religioso, mas de rendição humilde e vida limpa.” Tire um minuto agora e observe suas mãos: como elas estão? Estão limpas de todo mal, culpa ou injustiça? Oswald Chambers declarou: “A única forma de ter mãos limpas é deixar que Deus as lave — não com água, mas com arrependimento.” E para concluir, deixo que o salmista tenha a última palavra: “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração.” Amém.

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ELP