
A MALIGNIDADE DO ORGULHO
"Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo".
Isaías 14.13–14
A essência natural do homem caído nada mais é do que o orgulho. Mas a pergunta mais coerente nesta reflexão é: de onde procede o orgulho? O texto de Isaías citado acima exala orgulho, soberba e vaidade pessoal. Com a mesma tentação que a si mesmo foi tentado, tentou Eva. Assim como a santidade de Deus contagia o homem espiritual, o orgulho deixou sua marca naquele que, no Éden, decidiu ouvir a voz do orgulhoso do céu. “Serei semelhante ao Altíssimo” e “os olhos de vocês se abrirão, e, como Deus, vocês serão conhecedores do bem e do mal” — nessas duas declarações vemos que o desejo de ser como Deus extrapola todos os limites, pois uma criatura jamais poderá se igualar ao seu eterno Criador. O orgulho pode ser rastreado por toda a Escritura. Um exemplo emblemático é o de Nabucodonosor, rei da Babilônia, que se exaltou dizendo: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei como residência real, com o meu grandioso poder e para a glória da minha majestade?” (Daniel 4.30, NAA). Deus precisou tratá-lo severamente: “Você será expulso do meio dos homens, e a sua morada será com os animais do campo; você comerá capim como os bois” (Daniel 4.32). Você já viu um orgulhoso ser humilhado por Deus? Nabucodonosor foi lançado para fora do meio dos homens; Lúcifer, do meio dos anjos. Richard Baxter declarou: “O orgulho se esconde até mesmo nas nossas orações e jejuns, tornando-se o mais sutil dos pecados religiosos.” Por sua vez, Jonathan Edwards afirmou: “O orgulho é o maior distúrbio da mente. Ele é o primeiro pecado que entrou no mundo e o último que é arrancado do coração.” Concluo com a Palavra que sela essa verdade: “Embora esteja nas alturas, o Senhor olha para os humildes, e de longe reconhece os orgulhosos.” (Salmo 138.6) Amém.
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ELP
