
ABRAÃO, ABRAÃO
“Mas o anjo do Senhor o chamou do céu: Abraão, Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui.”
Gênesis 22.11
Deus havia ordenado que Abraão oferecesse Isaque, seu filho da promessa, como sacrifício (Gn 22:1-2). Mesmo sem compreender plenamente, Abraão obedece pela fé. Ele sobe o monte Moriá com Isaque, constrói o altar, amarra seu filho e levanta o cutelo para sacrificá-lo. É nesse exato momento — no clímax da tensão — que o anjo do Senhor o interrompe, clamando: “Abraão, Abraão!” (Pai de multidões, pai de multidões). Esse chamado duplo carrega um peso urgente e, ao mesmo tempo, amoroso. É como se Deus dissesse: “Pare! Não vá além! Você passou no teste.” Diferente do português, o hebraico bíblico não possui grau superlativo como “santíssimo”, “maior” ou “mais puro”. Uma das formas mais comuns de expressar intensidade máxima é por meio da repetição, como vemos em: “Santo, santo, santo.” Quando Deus repete um nome, Ele não está apenas chamando — Ele está afirmando identidade, propósito e relacionamento, com ênfase intensa. No hebraico, isso comunica algo profundo e poderoso. Agora, reflita: você já teve a experiência de ouvir Deus chamar o seu nome de forma audível? Isso, por si só, já é algo extremamente raro. E se fosse duas vezes consecutivas? Se a resposta for sim, você faz parte de uma minoria muito pequena — cerca de 25 pessoas nas Escrituras foram chamadas por Deus pelo nome. Conclusão: João 10:3 "As ovelhas ouvem a sua voz; ele chama as suas próprias ovelhas pelo nome e as conduz para fora." Mas lembre-se, ovelha do Senhor, que Deus vê e conhece cada um de nós pelo nome, mesmo que não nos chame em voz audível. Não existe anônimos no seu aprisco. Amém
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ELP
