
Introdução
- Está nas mutualidades próprias do casamento.
- Mutualidade: “uns aos outros”. Há 25 diferentes em 45 versículos no NT.
- Além dessas, um casamento é feliz e duradouro por causa da aplicação das seguintes mutualidades fundamentais:
1. Complementaridade mútua
“Então Jesus respondeu: Não tendes lido que no princípio o Criador fez homem e mulher?” (Mt 19.4).
“Deus, portanto, criou os seres humanos à sua imagem, à imagem de Deus os criou: macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). Dois universos biológicos, emocionais e sensitivos distintos, mas criados por Deus para se complementarem, se completarem.
- “Não é bom que o homem esteja só, far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2.18). - “que o auxilie e lhe corresponda" (NVI).
- As diferenças naturais não são impedimentos, mas recursos ou fontes para o mútuo enriquecimento.
- Na diferença se completam: temperamento, gostos, talentos, dons, sensibilidade, educação.
- Diferenças que não os separam, mas que os torna pessoas ainda melhores.
2. Construção mútua
“Portanto deixará o homem seu pai e sua mãe” (Mt 19.5ª).
- Ambos assumiram a responsabilidade de construírem o casamento juntos. Deus dá as condições, as ferramentas, mas a ação é nossa.
- O amor leva até o casamento; depois, é o casamento que leva ao amor.
- “Boda” no latim é “Voto”, “Promessa”, ou seja, 25 anos cumprindo os votos.
- “Nem muitas águas conseguem apagar o amor; os rios não conseguem levá-lo na correnteza” (Ct 8.7). Essa verdade depende do que fazem do amor. O amor precisa ser sustentado, alimentado, cuidado.
3. Companheirismo mútuo
“E se unirá a sua mulher e serão ambos uma só carne” (Mt 19.5b).
- O casamento gera a companhia, cujo contrário é a solidão.
- “Deus faz o solitário viver em família” (Sl 68.6ª).
- Têm prazer em estar com o outro. Gostam da companhia e de fazer as coisas juntos.
- Dispõem-se a renunciar a alguns gostos, próprios de quem vive só.
- Respeitam a individualidade do outro.
- São companheiros um do outro; “que partilham do mesmo pão”.
- Juntos: “Na alegria e na tristeza, na saúde ou na doença ...”
- Têm cumplicidade em tudo? Não. Depende do que o cônjuge faça.
- A alegria de um é fazer a felicidade do outro.
- São cuidadosos com: a saúde, o conforto, a provisão e a proteção.
- “Eu sou do meu amado e o meu amado é meu” (Ct 2.16; 6.3).
4. Comunicação mútua
“De modo que já não são mais dois, porém uma só carne/pessoa” (Mt 19.6ª).
- Falam e ouvem com atenção, sensibilidade, amor e compaixão.
- Como ouvindo a si mesmo, no lugar e com o coração do outro.
- Atentos aos gestos, olhares, ações e palavras, adivinhando os pensamentos.
- Valorizam: projetos, sonhos, decepções e reclamações um do outro.
- Não há monólogo, mas diálogo, na busca de um mesmo espírito e coração. Não unilateral, mas bilateral e com respeito.
5. Consagração mútua
“Portanto, o que Deus uniu” (Mt 19.6b).
- União a três: único triângulo amoroso aceitável e desejável.
- Deus está no vértice superior, ditando os valores, inspirando as decisões e fortalecendo os laços conjugais e os cônjuges na base.
- Dentro deste triângulo colocou os filhos.
- Os filhos saem do triângulo para formar o seu. Outros, por rebeldia.
- Sob a bênção da companhia, cuidado, amor e orientação de Deus.
- Unidos por Deus, aliançados com Ele, alicerçados nEle.
6. Confiança mútua (v.6c)
“Não o separe o homem” (Mt 19.6c).
- Aliança – fidelidade – compromisso
- Homem carnal - Não deixar a carnalidade humana separá-los.
- Certamente não lhes foi fácil serem fiéis. Tentações e provações. Nunca foi, não é e jamais será fácil ser fiel.
- Se guardaram, com exclusividade; mantiveram-se um para o outro.
- “Eu sou do meu amado e seu amor é por mim” (Ct 7.10).
- Agem com transparência, sinceridade e integridade um com o outro.
- Confiam um no outro, mas confiam prioritária e plenamente em Deus.