“Procurei entre eles um homem que erguesse um muro e se colocasse na brecha diante de mim em favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas não encontrei nenhum”.

Ezequiel 22.30

A iniciativa divina em procurar um homem que seja intercessor representa um grande desafio para nós. O fato de Deus não encontrar ninguém revela que estamos muito aquém dos parâmetros divinos, pois não é qualquer um que ora por alguém ou por uma causa que automaticamente se torna o homem que se coloca na brecha. A Bíblia nos apresenta exemplos de intercessores cuja vida e postura revelam o padrão celestial: (1) Abraão intercedeu por Sodoma, e Deus poupou Ló; (2) Moisés intercedeu por Israel após o episódio do bezerro de ouro, e o povo foi poupado; (3) Samuel intercedeu por Israel contra os filisteus, e houve vitória e paz; (4) Daniel intercedeu pelo povo no exílio e obteve revelação e favor; (5) Neemias intercedeu por Jerusalém em ruínas e liderou a reconstrução dos muros; (6) Ester intercedeu pelo povo judeu diante do rei e livrou a nação do extermínio; (7) Jesus intercedeu pelos discípulos e pela Igreja e continua intercedendo eternamente; (8) Paulo intercedeu por Israel e pelas igrejas, fortalecendo espiritualmente os crentes. A primeira exigência de um verdadeiro intercessor é empatia, é misericórdia — justamente o que faltou a Jonas, tornando-o um profeta sem as qualidades essenciais de intercessão. Além disso, o intercessor precisa ser um homem de oração — não apenas alguém que ora, mas alguém cuja vida é marcada por comunhão profunda com Deus. E.M. Bounds declarou: “O verdadeiro intercessor é aquele que não apenas ora, mas que vive diante de Deus como alguém que não pode ser ignorado.” E você? Já teve alguma resposta divina por meio da oração intercessória? Concluo com a reflexão de Rees Howells: “Intercessão é identificação. É permitir que Deus coloque o fardo de outra alma sobre você.” Amém.

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ELP