

EZEQUIEL 1 A 48
(Informações selecionadas de muitos ilustres estudiosos bíblicos, aos quais agradeço, adaptadas e reorganizadas por mim)
CURIOSIDADES E OUTRAS INFORMAÇOES EM EZEQUIEL
1. AUTOR
a) O autor foi Ezequiel filho do sacerdote Busi
b) Seu nome significa “O Senhor é a minha força” ou “Fortalecido pelo Senhor”
c) Ao escrever, às vezes, em primeira pessoa e em outras vezes na terceira, Ezequiel registrou as visões e revelações que recebeu do Senhor.
d) Ezequiel foi um filho de sacerdote (Busi) e estava entre os judeus cativos levados para a Babilônia pelo rei Nabucodonosor em aproximadamente 597 aC.
e) Ezequiel profetizou e transmitiu as palavras do Senhor aos judeus exilados na Babilônia quase na mesma época em que Jeremias profetizava em Judá e Daniel profetizava na corte da Babilônia.
f) Ezequiel foi para a Babilônia com 25 anos e foi chamado para ser profeta e não para ser Sacerdote (como havia se preparado, por ser de uma família de linhagem sacerdotal), aos 30 anos (no quinto ano em que estava na Babilônia)
2. DATAS
a) Ezequiel profetizou de 592a 570 aC. (cerca de 23 anos).
- Ele se estabeleceu com outros judeus na região de Tel Abibe junto ao Rio Queb
b) Cerca de cinco anos mais tarde (592 aC), Deus o chama para ser seu Profeta. Do exílio, Ezequiel dirige palavras de advertência, tanto aos judeus deportados para a Babilónia, quanto aos que ficaram em Jerusalém.
c) Após a queda de Jerusalém e a destruição do templo em 587 aC, Ezequiel profere palavras de conforto e de esperança.
3. MENSAGEM
a) Por sua formação de sacerdote, atribui um grande valor ao templo e sacrifícios. Todavia, como profeta, afirma que a presença de Deus, longe de estar ligada ao templo de Jerusalém, pode fazer-se sentir mesmo na Babilónia (11,16, por exemplo).
b) Ao declarar que cada indivíduo é responsável pelos seus atos (18,1–32), Ezequiel rompe com a tradição israelita de responsabilidade coletiva e insiste na necessidade de renovação da experiência pessoal.
c) As profecias do livro de Ezequiel são caracterizadas por representações simbólicas e alegóricas, “desdobrando uma rica série de visões majestosas e de símbolos colossais”.
- Há também um grande número de “ações simbólicas que incorporam concepções vívidas da parte do profeta” (Ezequiel 4.1-4; 5.1-4; 12.3-6; 24.3-5; 37.16 etc.)
- “O modo de representação, no qual símbolos e alegorias ocupam um lugar de destaque, dá um caráter enigmático o e misterioso às profecias de Ezequiel.
3. DIVISÃO E ESBOÇO DO LIVRO
a) O livro de Ezequiel engloba quatro grandes seções:
1ª. Ezequiel profere reprimendas e ameaças contra os judeus, antes do segundo cerco de Jerusalém: do cap 1 ao cap 24.
2ª. É’ anunciado o julgamento de Deus, que se fará sentir igualmente sobre os povos estrangeiros que enganaram e oprimiram Israel: de 25 a 2.
3ª. Composta de oráculos pronunciados após a queda de Jerusalém, em 587 aC., consta essencialmente de mensagens de conforto para o povo de Israel: De 33 a 39.
4ª. A última parte do livro descreve o futuro templo, que o profeta pode contemplar em visão: de 40 a 48.
b) O Livro de Ezequiel pode esboçado também no seguinte plano:
- Chamada de Ezequiel para profeta: 1,1—3,27.
- Juízo de Deus contra Jerusalém e povo judeu: 4,1—24,14.
- Morte da mulher de Ezequiel: 24,15–27.
- Juízo de Deus sobre povos estrangeiros: 25,1—32,32.
- Ezequiel é nomeado sentinela do povo: 33,1–20.
- Anúncio da destruição de Israel e seus dirigentes: 33,21–34,31.
- Juízo sobre os edomeus: 35,1–15.
- Promessas de bênção e restauração para Israel: 36,1–37,28.
- Juízo sobre Gog e Magog: 38,1 a 39,29.
- Visão do futuro templo: 40,1 a 44,31.
-Regras de admissão e proibição de entrada no templo: 44,4–31.
- Territórios do Senhor: 45,1–8.
- Direitos e deveres do príncipe de Israel: 45,9 até 46,10.
- Regras para os sacrifícios: 46,11–15.
- A herança dos filhos do príncipe: 46,16–18.
- Visão das cozinhas e fontes de água do templo: 46,19 até 47,12.
- Fronteiras e divisões territoriais de Israel: 47,13-48,29.
- As doze portas de Jerusalém: 48,30–35.
c) A profecia de Ezequiel é marcada por visões, a ponto de se poder dizer que Ezequiel é um profeta visual. São quatro grandes visões: capítulos. 1 a 3; 8 a 11; 37; 40 a 48. Todas elas são datadas, com exceção da visão do vale dos ossos secos, em Ez 37.
d) Além de falar a mensagem, Ezequiel, mais do que qualquer outro dos profetas, encenou a mesma com atos simbólicos (ver Jr 13.1-11, n.).
e) Atos simbólicos aparecem em 3.22-27; 4.1-17; 5.1-17; 12.1-16; 12.17-20; 21.6; 24.17.
2ª. CRÔNICAS: Curiosidades e informações (3)
1. Os muros de antigas cidades (2Cr 26.15) serviam para propósitos defensivos e ofensivos. Pela altura e larga espessura, ofereciam uma forte defesa contra o ataque e invasão de inimigos. Os muros também davam ao povo uma posição ofensiva vantajosa de onde jogavam pedras, atiravam flechas ou derramavam óleo quente sobre os agressores.
2. O ataque assírio à cidade de Laquís (2Cr 32.9) foi horrível para os seus habitantes. Arqueólogos encontraram os ossos de 1.500 corpos numa cova, um sinal do terrível cerco.
3. Os “lugares” ou ‘lugares altos“ onde as pessoas adoravam falsos deuses não eram necessariamente montes ou montanhas (2Cr 34.37). Eram plataformas sobre os quais os ídolos (falsos deuses) eram colocados.
4. O Vale do Megido (2Cr 35.22) deve ter sido um dos campos de batalha mais sangrentos do mundo. Arqueólogos desenterraram 20 cidades (umas em cima de outras) que foram destruídas nesse lugar.
5. Quando o autor escreveu os livros das Crônicas, já havia se passado muito tempo e, portanto, já existia a grande história, contada pelos livros de Josué, Juízes, Samuel e Reis.
6. O autor das Crônicas apresentou uma versão diferenciada, acrescentando aspectos que não foram destacados especialmente pelos livros de Reis que descrevem relatos semelhantes
7. Para o autor de Crônicas, o Templo de Jerusalém era tido pelos de Judá (reino do Sul) da sua época, como ‘moradia’ autêntica do Deus do verdadeiro povo de Israel e, portanto, o único lugar de culto legitimo ao Senhor, qualquer outro lugar seria ilegítimo.
8. Toda a história dos reis e do reino do Norte é omitida, pois no tempo em que o autor escreveu as Crônicas, os samaritanos (mistura genética do povo de Israel, com outras nações pagãs de povos que dominaram o reino do Norte). Como já eram inimigos acirrados, também não eram considerados povo de Deus, da nação santa, portanto, eram tidos como pagãos.