"Então disse Moisés ao Senhor: Ah, Senhor! Eu nunca fui eloquente, nem outrora, nem depois que falaste a teu servo; pois sou pesado de boca e pesado de língua. Respondeu-lhe o Senhor: Quem fez a boca do homem? Ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o Senhor? Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar."

Êxodo 4.10-12

Joquebede, mãe de Moisés, certamente contou a seu filho como Deus operou um grande livramento, protegendo-o dos crocodilos do Nilo e da ordem cruel de Faraó, que determinava a morte de todos os meninos hebreus. Essa história extraordinária era uma evidência clara de que Deus tinha um propósito para a vida de Moisés. No entanto, mesmo com esse passado milagroso, Moisés hesitou e foi pioneiro na rota das desculpas. Após ele, outros seguiram o mesmo caminho, como Gideão, Jeremias, Isaías e Jonas. A desculpa de Moisés era genuína, mas Deus não respondeu com uma cura miraculosa, como fez ao tocar os lábios de Isaías com uma brasa viva. Em vez disso, desfez todos os seus argumentos ao declarar: "Quem fez a boca do homem? Não sou eu, o Senhor? Eu serei com a tua boca." John Piper resume bem a situação: "As desculpas de Moisés não eram humildade, mas incredulidade. Quando Deus promete estar conosco, nossa fraqueza deixa de ser relevante." Moisés queria fugir do chamado, mas a obra de Deus não depende da habilidade humana, e sim da nossa obediência à Sua voz. E você, tem um chamado? Está tentando dar desculpas para Deus? O tempo está passando, mas lembre-se: o chamado ainda está ativo. Se há frustração, falta de realização ou ausência de alegria no que você faz, talvez seja porque você está no lugar errado, fazendo o que não foi chamado para fazer. Martyn Lloyd-Jones nos alerta: "O maior inimigo do nosso chamado não é o diabo, mas as desculpas que contamos a nós mesmos." Por favor, desculpas pra Deus não colam!

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ELP