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Sementeira Homilética baseada no livro:
ÊXODO

ATÉ CHEGAR À SARÇA

Moisés viu que, embora a sarça estivesse em chamas, esta não era consumida pelo fogo.

Êxodo 3.2

 

O leitor desatento pode imaginar que a cadeia de eventos entre os capítulos 1 e 3 de Êxodo aconteceu rapidamente, como se Moisés fosse conduzido quase de imediato até a sarça ardente. Mas não foi assim. O tempo entre o “vinde” e o “ide” precisa ser considerado, porque o modelo do chamado divino permanece o mesmo. Quando Moisés foi colocado no cesto no Nilo e livrado dos crocodilos, Deus já trabalhava com a sarça em mente. O Senhor é um estrategista perfeito. O intervalo de 80 anos até chegar à sarça parece imponderável para nós, mas fazia parte do plano divino, que ainda projetava mais 40 anos de jornada — algo que Moisés sequer imaginava. Se olharmos em retrospectiva, veremos o quanto Deus já fez em nossa vida; e se projetarmos para o futuro, entenderemos que nada foi em vão. Muitos de nós ainda estamos vivendo os capítulos 1 e 2, aguardando a experiência da sarça e seus desdobramentos. Comentaristas destacam essa pedagogia divina: Moisés passou 40 anos pensando ser alguém, 40 anos aprendendo a ser ninguém, e 40 anos descobrindo o que Deus pode fazer com alguém que se considera ninguém. J. Oswald Sanders resume bem: “O chamado na sarça não foi no início da vida de Moisés, mas após longos anos. Deus gasta tempo moldando líderes, pois Ele vê a eternidade e não apenas o momento.” Moisés se impressionou diante do inimaginável, resultado do longo tratamento divino. E eu concluo com uma palavra de esperança: o tempo entre o “vinde” e o “ide” está chegando ao fim; o tempo dos capítulos 1 e 2 se aproxima da conclusão; e o que nos resta é viver com a tremenda expectativa de que estaremos diante da sarça que arde e não se consome. Que venha o capítulo3!  Amém.

 

 

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ELP

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