
1. Informações sobre PILATOS
- Governador da Judeia e Samaria (26 a 37 d.C.). Nomeado pelo Imperador romano Tibério no ano 30.
- Função: Manter a ordem, reprimir a insurreição, supervisionar a cobrança de impostos para Roma, resolver questões jurídicas e realizar obras necessárias.
- Credo apostólico cristão: “Jesus padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado...”. Evidência histórica de Jesus.
- Cético, fraco, politiqueiro, cruel.
- Homens da Galileia insurgentes foram mortos e tiveram seu sangue misturado ao dos sacrifícios por ordem dele (Lc 13.1,2).
2. Sua ação no julgamento de Jesus
- “És o Rei dos Judeus?” Jesus: “Tu o dizes”. “Meu reino não é deste mundo”. Pilatos: “Então és rei” (Jo 18.33).
- O mandato de Pilatos e os reinados dos imperadores acabaram. O reino de Jesus, não. Chegará o dia em que todo joelho se dobrará a Jesus (Fl 2.10).
- “Em seu manto e em sua coxa está escrito este nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Ap 19.16).
- Pilatos era desafeto de Herodes Antipas, governador da Galileia, mas ficaram amigos após ele ter enviado Jesus a Herodes, que estava em Jerusalém, em função de Cristo ser galileu.
- Pilatos: “Posso livrá-lo, pois tenho autoridade”.
- Não adianta tentar preservar o que não se tem. Jesus disse: “Pilatos, nenhum poder tu terias se do alto não lhe fosse dado”. (Este posto não é teu, Pilatos. É de Deus).
Resultado do julgamento feito por Pilatos:
- “Não acho crime neste homem” (Jo 18.38 e Lc 23.4).
- Sabia que Jesus era inocente (Jo 18.38; 19.4 e 6) e que por inveja os judeus o haviam entregado (Mt 27.18) e até sua esposa Cláudia Prócula (Santa Cláudia para os Ortodoxos): “Não entres na questão desse justo, porque num sonho muito sofri por causa dele”. Ficou impactado com Jesus, além do testemunho da esposa, por: a) não se defender; b) dizer que o seu reino não é deste mundo; c) ouvir ser ele o Filho de Deus.
3. Atitudes covardes de Pilatos:
a) Buscou uma solução paliativa.
- Iria açoitá-lo, humilhá-lo e libertá-lo. Imaginou que ficariam satisfeitos com esta penalidade e que a ira deles cessaria.
b) Tentou transferir sua responsabilidade.
- Para Herodes Antipas, governador da Galileia, que estava em Jerusalém. Brecha: cidadão galileu.
- Para os religiosos. “Julguem vocês”. “Nossa Lei não nos permite matar”. Podiam apedrejar. Crucificação era o castigo romano.
- Para as multidões: “Que farei de Jesus, chamado Cristo?” “Seja crucificado” (morte romana).
c) Acreditou se isentar da culpa pela decisão de lavar as mãos.
- Preferiu a omissão, ou seja, ser passivo e não ativo.
- Lavou as mãos pela sentença de morte que estava aprovando, embora acreditasse que Jesus fosse inocente.
- Lavar as mãos era uma atitude judaica, não romana, de expressar a não-participação (Dt 21.6,7).
- A omissão abre espaço para o Maligno.- A covardia mata o que é certo.
- Lavar as mãos não lava o coração.
- Escreveu: “Este é Jesus, rei dos judeus”. Reclamaram. “O que escrevi, escrevi”.
- Ele fez a pergunta mais solene de toda história. Ele deveria tomar uma decisão acerca do que fazer com Jesus.
Diante de Jesus e seu Evangelho não há neutralidade.
4. Escolhas individuais possíveis quanto a Jesus:
a. Recebê-lo ou desprezá-lo
- “Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus” (Jo 1.11,12).
b. Estar com ele ou ser contra ele
- “Aquele que não está comigo, está contra mim; e aquele que comigo não ajunta, espalha” (Mt 12.30).
c. Confessá-lo ou negá-lo
- “Quem, pois, me confessar diante dos homens, eu também o confessarei diante do meu Pai que está nos céus. Mas aquele que me negar diante dos homens, eu também o negarei diante do meu Pai que está nos céus” (Mt 10.32,33).
d. Deixá-lo entrar ou excluí-lo
- “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo” (Ap 3.20).
- O que aprendemos com Pilatos é que não adianta estar na presença de Jesus com uma atitude vacilante e indefinida. Pilatos esteve tão perto de Jesus, mas se perdeu para sempre.
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