
Introdução
- Religiões que sustentam o mérito por obras para a salvação: Hinduísmo, Budismo, Islamismo, Espiritismo, Catolicismo.
- Os seguidores devem se achegar ao “deus” ou “deuses” através de ações de caridade, sacrifícios, doações, perseguições a “infiéis” e cumprimento de regras e rituais.
- Não entendem uma salvação pela graça, pois deixa as pessoas: a) Sem um estímulo para o bem (Espiritismo), b) Esquecendo-se dos rituais e sacramentos religiosos, necessários à salvação.
- Que obra fez este criminoso para ser salvo? Quantos sacramentos, rituais, indulgências pagou ou tempo de purgatório, missas, passes? Quantas cestas básicas, roupas e outras coisas ele doou? Quantas vezes ele reencarnou para se aperfeiçoar? Quantas peregrinações ele fez às respectivas cidades santas?
- Não somos salvos PELAS obras, mas PARA as obras boas e santas.
- O texto básico mostra um criminoso sendo salvo no último instante da vida, na undécima hora. Pura graça.
- “Quando chegaram ao lugar chamado Caveira, ali o crucificaram com os criminosos, um à sua direita e o outro à sua esquerda” (Lc 23.33).
- “Ele foi contado com os transgressores” (Is 53.12).
- No início, os dois malfeitores zombavam dele.
- Assim como o centurião, o outro ladrão (Dimas) notou algo diferente em Jesus, que o fez mudar, a partir da oração: “Pai perdoa-lhes”.
- Os quatro Evangelhos mencionam a crucificação de mais dois homens com Jesus. Lucas: “malfeitores”; Marcos: “ladrões”. Talvez dois zelotes, terroristas, partidários de um grupo revolucionário, que buscava a libertação de Israel de Roma.
- Um dos malfeitores insultava, debochava de Jesus: “Você não é o Cristo? Salve-se a si mesmo e a nós!” - Jesus não se salvou para nos salvar. Não desceu da cruz, para que tivéssemos a chance de não descermos ao inferno.
Como se salvou e como nós nos salvamos? Fé genuína.
- Luz da fé no meio da escuridão da incredulidade.
1. Creu que Deus existe.
- “Mas o outro criminoso o repreendeu, dizendo: Você não teme a Deus, nem estando sob a mesma sentença, igual condenação?” (Lc 23.40).
- Não basta só isso, mas é um começo.
2. Temeu a Deus.
- “Nem ao menos temes a Deus estando sob a mesma sentença condenação”?
- Sabia que enfrentaria ainda o tribunal divino.
- Sua salvação genuína dependerá do seu nível de temor a Deus.
- Deus nos dotou com este mínimo.
- Não é por medo da justiça de Deus ou do Inferno.
- Respeito, reverência, honra em tudo e em todo lugar.
3. Reconheceu-se merecedor de condenação.
- “Nós estamos sendo punidos com justiça, porque estamos recebendo o que os nossos atos merecem” (Lc 23.41ª).
- Confessou: Eu mereço a condenação; eu sou culpado; não sou bonzinho; não faço mal a ninguém; nenhuma desculpa (1Jo 1.9).
4. Creu na inocência e na santidade de Jesus.
- “Mas este homem não cometeu nenhum mal” (Lc 23.41b).
- Aquela cruz não era para Jesus e sim para Barrabás. Jesus assumiu o lugar de Barrabás e de todos nós.
5. Creu na realeza de Jesus de um reino que não é deste mundo.
- “Então ele disse: Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino” (Lc 23.42). a) Creu, com isso, na existência após a morte e que a existência não termina com a morte. b) Enxergou um rei de um reino eterno. “No teu reino”: Reino que pertence a Jesus. o Rei (Jo 18.36).
- Creu em Jesus como um rei que viria em triunfo, em um homem humilhado e ensanguentado, e com uma coroa de espinhos. Essa é uma fé extraordinária. Não iria abençoar como o outro queria, mas de forma muito mais sublime.
“Era brilhante a visão desse olhar que, na morte, conseguiu enxergar vida; na ruína, majestade; na vergonha, a glória; na derrota, a vitória; na humilhação, a realeza”.
- “Na verdade (eu lhe garanto) que hoje estará comigo no paraíso”.
Por sua genuína e extraordinária fé recebeu:
1. Salvação imediata (“hoje”).
2. Paraíso imediato (“comigo”).
- A vírgula antes ou depois do HOJE: “Te digo hoje: estarás comigo no Paraíso” (Céu adiado). - “Te digo, hoje estarás comigo no Paraiso” (Céu imediato).
- Cremos na salvação imediata e no Paraiso imediato após a morte.
- Apocalipse: “Eis que vi as almas dos que vieram de grande tribulação, diante do trono”.
- Paraiso = jardim, estado de bem-aventurança entre a morte e a ressurreição. - Estado intermediário: desincorporado.
- Paraiso é estar com Jesus.
- Passo a andar com Jesus, sob seus cuidados e comunhão.
- Reconheço que é mais fácil uma conversão numa dura cruz do que num sofá macio.