
Introdução
- A fé se desperta pouco a pouco em algumas pessoas. Começa pela fé carismática, mas não pode parar nela.
Verso 13
- “Fazer massa” era uma das 39 atividades proibidas, bem como exercer a medicina, a não ser em casos extremamente emergenciais (Jo 9.14).
Versos 14 a 16
- Os fariseus colocaram areia teológica nos olhos recém-abertos.
- Alguns sensatos pararam para refletir que Jesus não poderia curar se Deus não fosse com ele. A história criou divisão (schisma).
- Em João, divisão entre a fé e a incredulidade.
Verso 17
- O homem avançou: “é um Profeta!”
- Ele ainda não sabia tudo sobre Jesus, mas já entendeu o significado dos sinais milagrosos. Moisés, Elias e Eliseu realizaram milagres confirmando que a sua mensagem profética vinha de Deus.
Versos 18 a 23
- Os fariseus, agora chamados de judeus, não acreditavam que o rapaz fora cego e que o milagre era uma fraude; por isso, chamaram os pais.
- Os judeus arrumaram maneiras para que mesmo crendo, o povo não poderia crer em Jesus como seu Salvador e Messias, pois quem confessasse seria expulso da sinagoga.
- Com cautela, os pais responderam: “É nosso filho e ele nasceu cego! Como agora enxerga não sabemos, nem sabemos quem o fez enxergar. Vocês interroguem a ele. Ele tem idade!” (Mais de 13)
- A ameaça do ostracismo, rejeição, exclusão do povo de Deus e dos benefícios por fazer parte da sinagoga.
- O pavor do interrogatório e o risco de expulsão da sinagoga fizeram com que eles reprimissem a alegria da cura do filho.
- Já tiveram que suportar a suspeita ou a acusação de que o filho nascera cego por causa dos pecados deles.
- Esse conflito se intensificou ao longo da história.
Verso 24 e 25
- A conversa com os pais não adiantou.
- Novamente o homem foi solicitado a contar o milagre. Desta vez ele foi mais conciso, indicando que estava perdendo a paciência por ser interrogado tantas vezes - “prometa a Deus que vai falar a verdade”.
- O cego tinha dito: “Ele é um profeta!” Conforme os fariseus, ele deveria ter dito: “Ele é um pecador!”
- O cego era inteligente disse: “Se ele é pecador, não sei. O que sei é que eu era cego e agora estou enxergando!”. Contra fatos não há argumentos.
- Esperavam encontrar uma brecha no testemunho do homem.
- Incapazes de contestar o milagre, insistiram em considerar Jesus um pecador.
- O homem curado procurou terreno seguro, sua própria experiência.
- Aqui ele podia dizer, eu sei. Era cego e agora podia ver.
Verso 26 a 29
- De novo, os fariseus perguntaram de maneira doentia.
- Sentindo que o propósito do interrogatório não era o conhecimento dos fatos, mas desqualificar quem o curou, o homem ficou impaciente.
- Aborrecido, começou a dar as suas alfinetadas: “Porventura quereis vós também tornar-vos seus discípulos?”
- Os judeus recorreram à ofensa verbal, acusando o homem de ser discípulo de Jesus, coisa que ele não afirmara até agora.
- O julgamento enfocava três questões sobre a cura:
a) Que violava a lei do sábado.
b) Que encorajava a fé em Jesus, o que provocaria a expulsão da sinagoga.
c) Que foi operada por um agente missionário sem credenciais.
Versos 30 a 34
- Com fina ironia, o cego disse: “Espantoso”!
Três argumentos irrefutáveis:
a) Vocês não sabem de onde ele vem e ele me curou, não viria de Deus?
b) Se Deus não ouve pecadores; foi ouvido, não é pecador.
c) Nunca se ouviu que alguém tenha dado vista a um cego de nascença.
- Deus não ouve pecadores não arrependidos, mas arrependidos, sim.
- Os judeus diminuíram-no, discriminaram-no, julgaram-no como alguém nascido em pecado, sem condição de ensinar a eles.
- Esta provocação resultou em sua expulsão dali. Assim também aconteceu nos anos seguintes, desde o fim do século I.
Verso 35 a 38
- Depois da expulsão, Jesus o procurou. Não abandona os que lhe são fiéis.
- Chamou-o a dar mais um passo: à fé no Filho do Homem (de Deus).
- Ele respondeu: “Quem é, Senhor, para que eu creia nele?” Jesus respondeu: “Você está olhando para ele. Sou eu que estou falando com você!” O cego exclamou: “Creio, Senhor!” E prostrou-se diante de Jesus.
- A trajetória do cego representa a trajetória de todo judeu convertido a Jesus: a) Olhos abertos b) Confissão de Jesus como Senhor, c) expulsão da sinagoga, d) acolhimento de Jesus e da nova comunidade.
- O pior cego é aquele que não quer ver/enxergar! Preferiram ser cegos.
- Foi o momento da autorrevelação, como no caso da mulher samaritana.
- Usou a palavra “Senhor” de forma significativa.
- Ele pensara em seu benfeitor como alguém que adorava a Deus (v. 31); agora estava preparado para adorá-lo (v. 38). Era muito mais do que deferência para com um grande homem; era adoração religiosa.
- O despertar da fé acontece quando a compreensão a respeito de Jesus cresce paulatinamente:
a) “Um homem”;
b) “Um profeta”;
c) vindo “de Deus”;
d) “Filho do homem” e “Senhor”.