Introdução
- Todos somos pecadores: insensíveis ou arrependidos, culpados ou perdoados, perdidos ou salvos, vivendo e andando no pecado ou não andando nem vivendo no pecado e presos ou libertos do poder do pecado.
“O cristão que parou de se arrepender, parou de crescer”.
Um pecador arrependido
1. Confia na misericórdia de Deus.
“Tem misericórdia (compadece-te) de mim, ó Deus, por teu amor (por tua benignidade, por causa do teu amor); por tua (por causa da) grande compaixão (segundo a multidão das tuas misericórdias) apaga as minhas transgressões (os meus pecados)” (v. 1).
2. Reconhece o seu pecado.
“Lava-me (purifica-me) de toda (completamente de toda) a minha culpa (iniquidade, minhas maldades) e purifica-me (lava-me) do meu pecado. 3. Pois eu mesmo reconheço as minhas transgressões (eu conheço bem os meus erros), e o meu pecado sempre me persegue (está sempre diante de mim)” (v. 2).
- Nossos pecados vão nos perseguir, vamos ter que lidar com as consequências deles, ainda que perdoados.
“O arrependimento começa na humilhação do coração e termina na reforma da vida”.
3. Tem consciência de que todo pecado é primeiro contra Deus.
“Contra ti, só contra ti, pequei e fiz o que tu reprovas (o que detestas, o que é mau diante dos teus olhos, à tua vista)” (v. 4ª).
- Antes de pecar contra alguém, pecamos contra Deus.
4. Aceita a repreensão e a disciplina de Deus.
“De modo que justa é a tua sentença e tens razão em condenar-me (Tu tens razão quando me julgas e estás certo quando me condenas, de sorte que és justificado em falares, e inculpável em julgares)” (v. 4b).
- Tem sensibilidade para perceber se está sofrendo por causa dos próprios pecados ou por causa das circunstâncias do mundo pecador.
John Sttot: “A fé que recebe a Cristo precisa ser acompanhada pelo arrependimento que rejeita o pecado”.
5. Reconhece que tem uma natureza inclinada ao pecado.
“Sei que sou pecador desde que nasci (eu nasci em iniquidade, em iniquidade fui formado, tenho sido pecador desde o dia em que sim, desde que me concebeu minha mãe; tenho sido mau desde que nasci (e em pecado me concedeu minha mãe)” (v. 5).
- Nascemos com o vírus do pecado e sempre teremos mais facilidade para errar do que para acertar.
C. Spurgeon: “Pecado e Inferno estão casados, a não ser que o arrependimento anuncie o divórcio”.
6. Sabe que é Deus quem dá os recursos para não pecarmos.
“Sei que desejas (amas) a verdade (esteja) no íntimo (o que queres é um coração sincero); e no coração me ensinas a sabedoria (e enches meu coração com a tua sabedoria, faze-me, pois, (no oculto me fazes) conhecer a sabedoria no secreto da minha alma” (v.6).
- Tem sensibilidade do que Deus deseja: honestidade e justiça.
- Tem a lei de Deus no coração já programada.
7. Quer manter-se limpo e purificado.
“Purifica-me com hissopo, [tira de mim o meu pecado] e ficarei puro [limpo]; lava-me, e mais branco do que a neve serei [lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve]; Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável [dá-me uma vontade nova e firme!]” (v. 7 e 10).
Tozer: “Expirar é tão necessário à vida quando inspirar. Para recebermos a Cristo é necessário rejeitar tudo o que em nós é contrário a Ele”.
8. Deseja viver novamente o prazer de ser um perdoado e salvo.
“Faze-me ouvir de novo júbilo e alegria; e os ossos que esmagaste exultarão [Faze-me ouvir outra vez os sons de alegria e de felicidade] [para que se regozijem os ossos que esmagaste]. Esconde o rosto [a tua face] dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades. [Não olhes para os meus pecados e apaga todas as minhas maldades]. Não me expulses [lances fora] da tua presença, nem tires de mim o teu Santo [santo] Espírito. Devolve-me [Dá-me novamente, restitui-me, torna a dar-me] a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer [e conserva em mim o desejo de ser obediente] [com um espírito voluntário]” (v.8-12).
9. Sabe que só pode ministrar se tiver sua vida correta diante de Deus e dos homens.
“Então ensinarei os teus caminhos aos transgressores, para que os pecadores se voltem para ti. [Então ensinarei aos desobedientes as tuas leis, e eles voltarão a ti]. [e pecadores se converterão a ti]. Livra-me da culpa dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação! E a minha língua aclamará à [cantará alegremente] tua justiça [e com alegria eu anunciarei a tua salvação!] [a minha língua louvará altamente a tua justiça]. Ó Senhor, dá palavras aos meus lábios, e a minha boca anunciará [entoará] o teu louvor. [Ó Senhor, põe as palavras certas na minha boca, e eu te louvarei!]. [Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca proclamará o teu louvor (v.13-15).
10. Sabe que o perdão não se compra, mas é resultado de um coração quebrantado.
“Não te deleitas [comprazes, desejas] em sacrifícios nem te agradas em holocaustos, se não, eu os traria. [Tu não queres que eu te ofereça sacrifícios]; tu não gostas que animais sejam queimados como oferta a ti] [se eu te oferecesse holocaustos, tu não te deleitarias]. Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; [O sacrifício aceitável a Deus é o espírito quebrantado] um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás [tu não rejeitarás um coração humilde e arrependido]” (v. 16,17).
11. Um coração perdoado se expressa com ações de graça e serviço cristão.
“Por tua boa vontade faze Sião prosperar; ergue os muros de Jerusalém [ajuda Jerusalém e constrói de novo as suas muralhas!] Então te agradarás dos sacrifícios sinceros [de justiça] [Terás prazer em receber os sacrifícios certos], das ofertas queimadas e dos holocaustos; e novilhos serão oferecidos sobre o teu altar (v. 18,19).
“O arrependimento não é uma ideia".