Introdução
- Ela era uma mulher triste, insegura, desprezada, com autoestima baixa, empobrecida, solitária e desiludida.
- Texto presente nos três Evangelhos: Mt 9.19-22; Mc 5.25-34 e Lc 8.43-48.
- Sofria com um fluxo de sangue há 12 anos.
- Para o Judaísmo, quem sofria com fluxo de sangue era considerado imunda ou contaminada. Hemorragias, leprosos ou quem tocasse em mortos (Nm 5.2).
- Regras sanitárias duras para preservar toda comunidade da contaminação.
- Tinham que ficar isolados. Proibidos do acesso ao templo, às sinagogas, às festas e ao convívio social.
- Poderiam ser punidos com apedrejamento.
- Não podiam tocar nas outras pessoas e nem serem tocados.
- Levítico 15 fala da impureza física.
- O episódio acontece enquanto Jesus se dirigia à casa de Jairo para a ressurreição da filha dele.
1. Acionada pelo ouvir
- “Ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua veste. Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei” (Mc 5.27,28).
- Ela passou a confiar a partir do momento que ouviu acerca de Cristo (v. 27). Quando ouviu acerca d’Ele, planejou (v. 28).
- A fé vem pelo ouvir e o ouvir pela palavra de Deus (Rm 10.17).
2. Conclamada à ação
- Ela tomou a decisão de se aproximar de Jesus e tocar a borda do seu manto, com a fé de quem seria curada.
- Teve iniciativa e investiu em seus recursos para a solução ao se alcance, mas sofreu com muitas tentativas de cura.
- Lucas, médico, diz que os médicos não puderam ajudá-la. Não disse que eles a exploravam.
- Deus só faz o que os médicos e a medicina dos homens, já dados por Ele, não podem fazer.
- Mateus e Lucas dizem que a mulher lhe tocou a franja da capa.
- Jesus criticou os fariseus que alargavam as suas franjas (Mt 23.5) para demonstrarem autoridade espiritual e impressionarem o povo que as considerava com uma qualidade mística especial.
- Ela agiu, mas não queria chamar a atenção por causa da natureza da sua doença; entretanto, não ficaria imobilizada com ela.
3. Vencedora quanto aos obstáculos
- “Seguia-o uma grande multidão, que o apertava” (Mc 5.24).
- Havia:
a) Uma multidão a romper e a atitude da multidão;
b) Sentimento de culpa por sua doença; considerava-se impura e insignificante (Lv 15.25);
- Superou os obstáculos e foi restaurada! Rompeu em fé.
- “Todo o que nele confia jamais será envergonhado” (Rm 10.11).
4. Toca significativamente e não casualmente no Senhor.
- Jesus: “Quem me tocou?” (indicação feminina)
- Veio por traz, como quem rouba.
- Jesus: “De mim saiu poder ou virtude/poder”.
- O poder é dele. Saiu de si. Foi subtraído.
- Toque diferente: com reflexão e fé. Como você toca em Jesus?
- Só Deus vê e sente o nível de qualidade de nossa fé e fidelidade.
Por que Jesus quis saber?
a) Para corrigir a fé. Não foi a franja da roupa, mas o seu poder.
b) Ela precisava confiar também na misericórdia de Jesus.
c) Precisava dar testemunho: “confessar com a boca” (Rm 10.9,10).
d) Jesus queria declará-la pública e definitivamente purificada.
e) Ele queria dignificá-la, honrá-la.
- Enquanto o medo a continha, Jesus continuava a perguntar: “Quem é que me tocou?” (Lc 8.45), para estranhamento de todos.
- A mulher, com medo, revelou-se, prostrou-se e disse a verdade.
- Seu toque foi diferente de todos. Toque de quebranto e de fé.
5. Dá testemunho de sua bênção.
- “Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal”.
- O que faz quem toca Jesus com a fé verdadeira:
a) Têm sua fé verdadeira reconhecida;
b) Torna-se testemunha da bênção;
c) Sente-se pessoa especial, diferenciada, para Deus;
d) É abençoada em todos os níveis: curada, purificada, restaurada à sociedade e, principalmente, salva.