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COMO DEVEMOS CONTRIBUIR PARA A OBRA DE DEUS?

Texto: 1Crônicas 29.1-18

Objetivo: Doutrinário (Expositivo)

Introdução

 

- Como contribuo para a obra de Deus? Com que disposição do coração?

- O cronista, provavelmente Esdras, registra um dos momentos mais belos da história de Israel.

- Davi reúne o povo e compartilha com eles o quanto economizou ao longo do tempo e dispôs para a construção do Templo.

- Davi os inspirou tanto com sua atitude e devoção, que os líderes do povo e todos os oficiais fizeram o mesmo.

- Eles levantaram voluntariamente uma generosa e milionária oferta.

- Quando Davi viu a generosidade do povo e tudo quanto foi levantado para o Templo do Senhor, ele adorou a Deus.

- Todas as áreas da vida do ser humano (família, estudos, trabalho, finanças, cuidados pessoais, esportes e outros) devem estar abarcadas pelo vínculo com Deus.

- Em nossa sincera religião, no latim) não é possível “desligar” Deus de qualquer área da nossa vida.

- Este foi o estado de espírito do rei, do povo e dos chefes, neste texto.

- A disposição do nosso coração é muito importante. Não se trata simplesmente de entregar nossas ofertas, mas fazê-lo da maneira certa.

A narrativa bíblica em pauta nos ensina como devemos contribuir para a obra de Deus.

 

1. COM ADORAÇÃO

“Davi louvou o Senhor na presença de toda a assembleia, dizendo: Bendito sejas, ó Senhor, Deus de Israel, nosso pai, de eternidade a eternidade. Teus, ó Senhor, são a grandeza, o poder, a glória, a majestade e o esplendor, pois tudo o que há nos céus e na terra é teu. Teu, ó Senhor, é o reino; tu estás acima de tudo” (1Cr 29.10,11).

- Como adorador. Minha contribuição deve estar fundamentada em meu reconhecimento da glória, senhorio, poder e obra de Deus.

- Se a nossa compreensão da glória e da grandeza de Deus fosse medida por nossa disposição em ofertar como ela seria avaliada?

- Nossa dureza em ofertar pode indicar não só falta de compreensão, mas na verdade que nós temos levantado ídolos em nosso coração maiores que Deus: nossos planos, interesses, nossa comodidade, nossa própria honra.

- De que forma e com que disposição do coração devemos entregar nossas ofertas?

- A motivação de Davi era o amor dele pelo Senhor e Seu templo.

- Além disso, pelo meu amor ao templo do meu Deus, agora entrego das minhas próprias riquezas, ouro e prata para o templo do meu Deus além de tudo o que já tenho dado para este santo templo.

- A oferta na Bíblia é sempre uma expressão do nosso amor e é proporcional ao amor que temos pelo Senhor e por Sua obra.

- O dinheiro fala muito a respeito do nosso coração.

- Jesus disse: “Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração” (Lc 12.34).

- Há muitas pessoas que dizem que amam a Deus e a Sua Igreja, mas, na prática, são insensíveis e negligentes ao Senhor e à Sua obra. O amor só de palavras não tem valor para Deus.

 

2. COM VOLUNTARIEDADE

“Então os chefes das famílias, os líderes das tribos de Israel, os comandantes de mil e de cem, e os oficiais encarregados do trabalho do rei ofertaram espontaneamente. [...] O povo alegrou-se diante da atitude de seus líderes, pois fizeram essas ofertas voluntariamente e de coração íntegro ao Senhor. E o rei Davi também se encheu de alegria” (1Cr 29.6 e 9).

- Minha contribuição deve ser feita com alegria e voluntariedade.

- Existe algo mais importante do que a quantidade; é a disposição com que entregamos a oferta.

- Ofertas sendo dadas com voluntariedade.

- Este termo se repete cinco vezes no texto (v. 5, 6, 9, 14 e 17).

- As ofertas não foram entregues porque o povo foi forçado.

- Deus está menos interessado no nosso dinheiro do que em nosso coração.

- A oferta não deve ser entregue com tristeza, como um peso, como uma dura obrigação, com reclamação, com pena de ter liberado.

“Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” (2Co 9.7).

 

3. COM GRATIDÃO

- “Agora, nosso Deus, damos-te graças, e louvamos o teu glorioso nome” (2Cr 29.13).

- Minha contribuição deve ser a expressão da minha gratidão, do meu reconhecimento ou ações de graças pela provisão, proteção, perdão, salvação.

 

4. COMO MORDOMO FIEL

“A riqueza e a honra vêm de ti; tu dominas sobre todas as coisas. Nas tuas mãos estão a força e o poder para exaltar e dar força a todos. Ó Senhor nosso Deus, toda essa riqueza que ofertamos para construir um templo em honra do teu santo nome vem das tuas mãos, e toda ela pertence a ti” (2Cr 29.12 e 16). 

- Minha contribuição deve expressar o reconhecimento de que tudo que tenho vem de Deus e que sou apenas um mordomo.

- Tudo pertence a Deus por direito de criação e de preservação.

- Toda a criação, inclusive os seres humanos, depende da graciosa mão de Deus para subsistir.

- Justos e ímpios dependem do sol e da chuva que Ele dá (Mt 5.45).

- Nós mesmos estamos incluídos entre os pertences de Deus. Não pertencemos a nós mesmos.

- Este é o primeiro fundamento da mordomia cristã: tudo provém de Deus.

- Nada há que Deus venha requerer de nós que Ele mesmo não nos tenha dado.

- Somos mordomos. Um mordomo é aquele responsável pela direção e administração de uma casa. É aquela pessoa a quem é entregue tudo quanto o senhor possui para ser cuidado e desenvolvido.

- Nada que o homem tem é dele próprio. Tudo vem das mãos de Deus.

- Não podemos angariar ou conquistar nada por nós mesmos.

- Sejamos mordomos fiéis, usemos os recursos que Ele nos dá para que Seu nome seja glorificado por meio do ministério da Palavra e da misericórdia.

 

5. COMO PRIVILEGIADO

“Mas quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos contribuir tão generosamente como fizemos? Tudo vem de ti, e nós apenas te demos o que vem das tuas mãos. Diante de ti somos estrangeiros e forasteiros, como os nossos antepassados. Os nossos dias na terra são como uma sombra, sem esperança” (2Cr 29.14,15).

- Agradecendo pelo privilégio de ofertar e pela quantidade da oferta.

- Reconhecer que Deus é o dono de tudo muda nossa atitude na hora de ofertarmos.

- Por agradecer quando recebem (o que é certo), alguns esperam que Deus lhes agradeça.

- Davi e todo o povo agradeceram a Deus pelo privilégio de ofertar.

- Davi se vê como um privilegiado, porque sabe que Deus lhe deu recursos para que pudesse cooperar para a construção do templo.

- Olhando para si mesmo e para o povo, contrasta sua condição com a glória de Deus.

- Davi era um rei que estava acostumado com poder, honra, bajulações.

- Se nos compararmos uns aos outros, equivocadamente nos consideraremos pessoas extraordinárias. Quando olhamos para o Deus revelado nas Escrituras como o Deus Soberano, cheio de glória e majestade, Senhor de todas as coisas, perguntaremos como Davi: “Quem sou eu?” “Quem somos nós?”

- Somos estranhos (estrangeiros) e peregrinos.- Nossa verdadeira riqueza não está aqui.

- Estamos de passagem; por isso, não devemos nos apegar àquilo que vai passar.

- Como sombra são os nossos dias sobre a terra.- Não devemos ter apego e ganância pelo mundo, como se fôssemos viver para sempre nesta terra.

- Esta é uma verdade constantemente enfatizada nas Escrituras, mas, muitas vezes, esquecida. Nada levamos desta vida.

 

6. COM INTEGRIDADE

“Sei, ó meu Deus, que sondas o coração e que te agradas com a integridade. Tudo o que dei foi espontaneamente e com integridade de coração” (1Cr 29.17ª).

- Integridade = retidão. O ato de contribuir não substitui uma vida reta diante de Deus.

Integridade = motivação certa. Não contribuímos para receber mais, mas por obediência.

- Integridade = inteiro. Dízimo é dízimo - 10%.

- Com os impostos fazemos tudo para pagar menos.

- Não deve haver jeitinho com o dízimo.

- Contribua com o que pertence ao Senhor, para a Sua obra, e deixe tudo o mais com Ele. Nada vai lhe faltar.

- Não faça cálculos demais, a carne vai arrumar jeitinho para você dar menos.

- Ananias e Safira não foram íntegros. Não foram punidos porque deram pouco ou muito, mas porque mentiram.

 

7. COM GENEROSIDADE

- “E agora vi com alegria com quanta disposição o teu povo, que aqui está, tem contribuído” (1Cr 29.17b).

- Coração, bolso e bolsa abertos.

- Sem mesquinharia, querendo guardar mais para si, além dos 90%.

 

8. COM PERSEVERANÇA

“Ó Senhor, Deus de nossos antepassados Abraão, Isaque e Israel, conserva para sempre este desejo no coração de teu povo, e mantém o coração deles leal a ti” (1Cr 29.18).

- Ter um espírito permanente de dizimista. Toda a vida.

- Criar uma cultura. Um hábito. Uma prioridade. Uma disposição permanente, sempre, de tudo que Deus nos dá.

- Não somente tudo pertence a Deus, como é o próprio Deus quem nos capacita, nos impulsiona e nos dá desejo de ofertar.

- Se não temos desejo, é porque Deus não encontrou lugar no nosso coração para criar esse desejo.

 

Conclusão

- Que sintamos a mesma disposição do coração ao ofertar, dizimar, contribuir: satisfação, privilégio, prazer e sobretudo honra.

- Contribuir é o momento em que honramos o nosso Deus, com aquilo que é mais difícil de abrir mão: o dinheiro.

- A salvação que temos em Cristo nos fez descobrir em que consiste a verdadeira riqueza e o nosso papel neste mundo.

- Cada vez que vamos ofertar, precisamos considerar como sente o nosso coração.

- Minha oferta está fundamentada em meu reconhecimento da glória?

- Ela é uma expressão de minha gratidão?

- Ela é um reconhecimento de que tudo que tenho vem dEle e de que sou apenas um mordomo?

- É feita com alegria, voluntariedade e integridade?

- Contribuamos com amor sincero por Deus e por sua obra, proporcionalmente ao nosso rendimento mensal.

- A pergunta de Davi ecoa hoje, agora, entre nós:

“Agora, quem, pois, está disposto, a trazer ofertas liberalmente ao Senhor” (1Cr 29.5b).

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