
Introdução
A palavra aqui é profeticamente dirigida aos que estão de luto ou tristes em Sião (Jerusalém – Judá).
1. O agente da missão: O Espírito do Soberano Senhor (v. 1ª)
a) Ele tem a autoridade sobre nós: “está sobre mim” (v. 1b)
b) Ele nos capacita para a missão: “porque o Senhor ungiu-me” (v. 1c)
c) Define a nossa missão: “para” (v. 1d)
2. A descrição da Missão
- Anunciar as Boas Novas: “levar boas notícias” (v. 1e)
3. Os destinatários da missão
- Os que têm o coração preparado
a) Aos humildes de espírito e aos pobres - Mais receptivos
b) Aos quebrantados: “Enviou-me para cuidar dos que estão com
o coração quebrantado” (v. 1e)
- Quebrantados de coração: condição imprescindível para receber a salvação.
4. A mensagem da missão
a) Que há libertação para os escravizados pelo pecado: “anunciar liberdade aos cativos” (v. 1d)
b) Que há libertação para os presos pelos espíritos das trevas: “e libertação das trevas aos prisioneiros” (v. 1e)
c) Que estamos no tempo da graça de Deus: “para proclamar o ano da bondade do Senhor” (v. 2ª)
- Lembrança do Ano do Jubileu. A cada 50 anos, celebrava-se o ano jubilar (Lv 25.10). No Jubileu, libertavam-se todos os escravos. As pessoas recuperavam a sua propriedade e voltavam para a sua família.
d) Haverá também o tempo do juízo de Deus: “e o dia da vingança do nosso Deus” (v. 2b).
5. Os frutos da missão
a) Consolo: “para consolar todos os que andam tristes” [choram] (v. 2c)
b) Mudanças de espírito: “e dar a todos os que choram em Sião” (v.3ª):
1) Vitórias em vez de derrotas: “uma bela coroa em vez de cinzas” (v. 3b). Cinzas representam destruição, perdas, tristeza. Os judeus tinham o costume de jogar cinzas sobre a cabeça como sinal de luto, de dor, de tristeza profunda.
- Deus transforma perdas em ganhos. Lembre-se de Jó, de Daniel, de José, e do próprio Jesus, que viveram tempos de cinza antes da coroa.
- “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28).
“Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam” (Tg 1.12).
- “Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a corroa da vida” (Ap 2.10).
- Suporte os seus tempos de cinzas com esperança e a coroa virá.
2) Alegria em vez de choro: “o óleo da alegria em vez de pranto” (v. 3c). Deus quer trocar seu choro por alegria.
A mulher que está dando à luz sente dores, porque chegou a sua hora; mas, quando o bebê nasce, ela esquece a angústia, por causa da alegria de ter nascido no mundo um menino. Assim acontece com vocês: agora é hora de tristeza para vocês, mas eu os verei outra vez, e vocês se alegrarão, e ninguém lhes tirará essa alegria (Jo 16.21,22).
- “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados” (Mt 5.4). Choramos. Jesus chorou. O Espírito Santo e a Palavra de Deus nos consolam e trazem alegria.
- Foi assim com Davi, após reconhecer seu pecado contra Deus; com Elias, no deserto sentindo-se abandonado e frustrado em sua missão; com Jesus no Getsêmani antevendo seu sofrimento.
“A terra não tem tristeza que o céu não possa curar”
(Thomas Moore)
3) Adoração em vez de depressão: “e um manto de louvor em vez de espírito deprimido” (v. 3d).
c) Honra
“Eles serão chamados carvalhos de justiça, plantio do Senhor, para manifestação da sua glória” (v. 3e).
- Se assim vivermos, seremos conhecidos como carvalhos de justiça. Os carvalhos são árvores conhecidas pela sua força, resistência, durabilidade e beleza, qualidades que os tornam árvores únicas e distintas. Quanto mais temporais e tempestades o carvalho enfrenta, mais forte ele fica!
- Suas raízes se aprofundam mais na terra e seu caule se torna mais robusto, sendo impossível uma tempestade arrancá-lo do solo ou derrubá-lo! Cada tempestade para um carvalho é mais um desafio a ser vencido e não uma ameaça! Numa grande tempestade, muitas árvores são arrancadas, mas o carvalho permanece firme!
Conclusão
Jesus fez dessa profecia o seu programa de atuação, a sua missão, ao iniciar seu ministério público (Lc 4.18-21). Foi a missão Dele e a cumpriu com excelência. É a nossa missão como cristãos, hoje.