
Introdução
Revisão da mensagem anterior.
3. Os quatro estágios da imagem de Deus no ser humano
3.1 A imagem de Deus original
- Os primeiros pais foram criados para refletirem e representarem Deus. Todo filho é parecido com seu pai.
- Deus terminou Seu trabalho criador com um “toque pessoal”. Deus formou o homem do pó e deu a ele vida, compartilhando de Seu próprio fôlego e imagem. Disse que isso era muito bom.
- 0 corpo de Adão espelhou a vida de Deus, ao ponto de ter sido criado em perfeita saúde e não estar sujeito à morte.
- Agostinho diz que o homem foi criado “capaz de não pecar”.
3.2. A imagem de Deus desfigurada
- Deus criou o ser humano de forma perfeita, irrepreensível, com caráter puro e sem contaminação. O pecado, porém, distorceu e maculou essa imagem, deformando-a, bem como o caráter do ser humano.
- Veio a desobediência e consequentemente a queda.
- Após a queda, seus dons, talentos e habilidades passaram a ser usados também para o mal e para afrontar a Deus.
- A “Imago Dei” foi terrivelmente danificada.
- Lutero descreveu a “Imago Dei” depois da queda, como “uma imagem deformada, doente e desfigurada”.
- O pecado tirou parte da beleza de Deus em nós.
- É por isso que hoje conseguimos, como seres humanos, contrariando todo o potencial que Deus nos deu, agir de forma errada, irracional, maldosa, cruel, enfeiando a beleza da imagem de Deus que nos foi dada quando fomos formados.
- Felizmente, a imagem de Deus não foi totalmente aniquilada pela queda, mas foi terrivelmente afetada, prejudicada.
- As habilidades e dons recebidos pelo ser humano, como a razão e a vontade, foram pervertidos e deturpados pela queda.
- A imagem de Deus continuou a ser impressa na humanidade através do ato da procriação que representa uma continuidade do ato criador de Deus (Sl 8.5,6).
3.3. A imagem de Deus em processo de restauração
- A restauração da imagem de Deus em nós só é possível através de Cristo, porque:
- Cristo é a imagem perfeita de Deus, referência a ser seguida no processo de restauração da Imago Dei em nós.
- Jesus “é imagem do Deus invisível” (Cl 1.15).
- “O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser” (Hb 1.3).
- Deus nos predestinou para sermos “conforme a imagem de Seu Filho” (Rm 8.29).
- Ao nascermos de novo em Cristo, a imagem de Deus inicia seu processo de reconstrução ou restauração, de modo que o verdadeiro cristão começa a se tornar como Cristo “em justiça e retidão (santidade)” (Ef 4.20-24).
- “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2Co 3.18).
- O cristão genuíno se reveste da nova natureza que está sendo refeita segundo a imagem do Criador.
- “Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o qual está sendo renovado (refeito) em conhecimento, à imagem do seu Criador” (Cl 3.9,10).
- Esse processo de restauração da imagem de Deus que ocorre nos santos é progressivo e contínuo; é chamado de santificação.
- Em alguns, essa imagem se apresenta num estágio mais aprimorado. Já em outros, a imagem de Deus parece imperfeita, distorcida, não nítida. Como está em você?
3.4. A imagem de Deus completamente restaurada
- A completa restauração da “Imago Dei” em nós será quando participarmos da final glorificação de Jesus: “Se com ele sofremos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8.17).
- A glorificação dos cristãos ocorrerá junto com a plena glorificação do Senhor Jesus: “Quando Cristo que é a nossa vida, se manifestar, então vós também sereis manifestados com ele, em glória” (Cl 3.4).
- A glorificação é voltar à perfeição com a qual fomos criados por Deus, é voltar à imagem de Deus.
- O propósito da nossa redenção: restaurar a “Imago Dei” em nós.
- Em Cristo, o eleito não apenas volta ao que eram Adão e Eva antes de pecar, mas vai um pouco mais à frente do que eles.
- Anthony Hoekema: “Adão ainda podia perder a impecabilidade e a bem-aventurança, mas aos santos glorificados isso não poderá mais ocorrer. Adão era ‘capaz de não pecar e morrer’, os santos na glória, porém, não serão capazes de pecar e morrer”.
- O propósito de Deus para sua igreja “é apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef 5.27).
- Até a segunda vinda de Cristo, carregaremos conosco, a “imagem do homem terreno”, em processo de restauração, mas na glorificação, teremos plena e perfeitamente a “imagem do homem celestial”, ou seja, a imagem de Cristo (1Co 15.48).