
Introdução
- Os fundamentos da nossa civilização estão sendo destruídos.
- Degradação da família como planejada por Deus.
- Quando os valores estão invertidos, o povo se degenera.
- “Ai dos que chamam ao mal bem e ao bem, mal, que fazem das trevas luz e da luz, trevas, do amargo, doce e do doce, amargo” (Is 5.20).
- Quando a autossuficiência (arrogância humana) prevalece: “Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos e inteligentes em sua própria opinião” (Is 5.21).
- Quando os fundamentos estão destruídos, há desespero, insegurança, desestruturação, decadência.
- Impérios caíram porque os fundamentos foram destruídos. Babilônia, Roma etc.
- Davi era perseguido por Saul, que queria matá-lo e o procurava.
- Ele era o rei, ele era a lei, ele era a força. Ele não tinha a quem prestar contas. Ele era absoluto, como os ditadores são.
- Sempre se buscou destruir os fundamentos antigos e erigir em seu lugar bases frágeis e fluidas, como água e areia.
- “Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda” (Mt 7.21,22).
- A sociedade pós-moderna não tem verdade absoluta.
- Desmontam-se os limites, os princípios.
- Os marcos antigos foram removidos: “Não mude de lugar os antigos marcos que foram colocados por seus antepassados” (Pv 22.28).
- Voltamos ao período dos Juízes de Israel, em que ‘cada um fazia o achava que deve fazer’ (5x).
- Muitas das novas igrejas estão destruindo fundamentos.
- Privilegiam os sentimentos às verdades de Deus.
- O pragmatismo domina.
- O que importa não é a verdade, mas o que funciona.
- Não se interessam pelo certo, mas pelo que dá certo.
- ‘Os fins justificam os meios’.
- O que importa é fazer a igreja crescer, mesmo que para isso eu precise mudar a mensagem.
- O que importa é agradar a clientela, mesmo sacrificando a verdade.
- Destruir fundamentos é antigo, desde a época de Davi.
- A luta dos genuínos filhos de Deus sempre foi reconstruir fundamentos.
O que fazer quando os fundamentos estão sendo destruídos e os marcos estão sendo removidos?
1. Não fugir, mas resistir.
- “Como então vocês podem dizer-me: Fuja como um pássaro para os montes?” (Sl 11.1).
- Os amigos de Davi aconselharam-no: Fuja! Escape!
- O conselho guiado pelo desespero (Sl 11.1-3).
- Não enfrente o inimigo, esta é uma causa perdida.
- Não há chance de sair vitorioso.
- Muitas vezes somos tentados a desistir, a desanimar, a entregar os pontos, a parar de lutar.
- Somos tentados a fugir como os soldados de Saul fugiram de Golias.
- Fugir da escola, do trabalho, da empresa, da igreja, do casamento, da cidade, do país.
- Os conselheiros de Davi argumentaram com fatos.
a) Eles se armam astutamente: “Vejam! Os ímpios preparam os seus arcos; colocam as flechas contra as cordas” (Sl 11.2).
b) Eles agem traiçoeiramente: “Os ímpios... colocam as flechas contra as cordas para, das sombras, as atirarem” (Sl 11.2ª).
- Eles agem na escuridão. É uma conspiração velada. É uma trama invisível. É uma armadilha fatal.
c) Eles têm um alvo específico: “Colocam as flechas contra as cordas para das sombras as atirarem nos retos de coração” (Sl 11.2b).
- Fugir não é solução.
- O profeta Jeremias queria fugir do ministério: “eu não vou mais falar no teu nome” (20.9).
- Jonas tentou fugir de Deus indo para Társis.
- Pedro tentou levar Jesus a fugir da cruz.
Albert Einstein: “O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer”.
- “Resisti ao Diabo e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).
2. Refugiar-se em Deus e em Sua Palavra.
- “Em Deus me refugio” (Sl 11.1).
- “Elevo os meus olhos para os montes. De onde me virá o socorro: o meu socorro vem do Senhor que fez os céus e a terra” (Sl 121.1).
- O socorro não vem dos montes, mas do Senhor.
- Fugir é covardia. É negar nossa confiança em Deus.
Que razões a fé do justo encontra para triunfar sobre o medo?
a) A soberania de Deus
- “O Senhor está no seu santo templo; o Senhor tem o seu trono nos céus. Seus olhos observam; seus olhos examinam os filhos dos homens” (Sl 11.4).
- Deus reina. Ele está no trono. Não apenas reina no céu e a partir do céu, mas também reina na terra.
- Ele está no seu santo templo, a igreja.
- Ele habita com a igreja e na igreja.
- Ainda que a cultura destrua os fundamentos da sociedade, o povo de Deus está seguro.
- Deus está presente e não fugindo. Ele está no trono. Ele governa. Ele reina.
“A história não é uma nave espacial sem rumo. Deus está no controle de todas as coisas”.
- Deus conhece nossos inimigos, conhece suas estratégias.
- Ele nos guarda; nos dá condições de vencer.
- O mal não triunfará para sempre.
- Os ímpios não prevalecerão.
- O salmista olha os fundamentos destruídos sob seus pés, mas vê o trono inabalável de Deus acima da sua cabeça.
- A Terra pode estar em crise, mas não o Céu.
- O mundo pode estar se transtornando, mas não o trono do Deus Todo-poderoso.
b) A onisciência de Deus
- “O Senhor prova o justo, mas o ímpio e a quem ama a injustiça, a sua alma odeia” (Sl 11.5).
- O Senhor prova os corações dos homens. Ele conhece suas intenções, seus projetos.
- Ninguém escapa do exame de Deus e do seu julgamento.
c) O juízo de Deus
- “Sobre os ímpios ele fará chover brasas ardentes e enxofre incandescente; vento ressecante é o que terão” (Sl 11.6).
- Os ímpios que tramam, que corrompem, que destroem os fundamentos não escaparão do juízo de Deus.
- “Pensa consigo mesmo (o ímpio): Deus se esqueceu; escondeu o rosto e nunca verá isto” (Sl 10.11).
- Pensa o ímpio que Deus não vê seus maus feitos.
- Podem escapar do juízo dos homens, mas jamais do juízo divino.
- Enquanto o Senhor distingue os justos e lhes dá morada eterna e comunhão, os ímpios recebem a chuva do juízo.
- Deus mandou o seu juízo: a) no dilúvio; b) em Sodoma; c) na Torre de Babel; e) no desalojamento das nações canaanitas; f) na queda de Jerusalém; g) na queda da Babilônia e dos grandes impérios.
- O maior juízo de Deus será derramado no dia do juízo final.
- Todos comparecerão perante o tribunal de Deus e serão julgados segundo as suas obras.
d) A justiça (recompensa) de Deus
- “Pois o Senhor é justo, e ama a justiça; os retos verão a sua face” (Sl 11.7).
- Davi não olhou para a sociedade sem fundamentos, mas para Deus.
- Ele não viu o poder do inimigo, mas a majestade de Deus.
- Ao invés de buscar precários refúgios, buscou a Deus.
- A maior recompensa do salvo é contemplar a face daquele que nos contempla todos os dias e nos sonda.
- Veremos o Senhor face a face e reinaremos com ele.
- O seu trono jamais será abalado.
- Nessa cidade onde vamos morar os fundamentos jamais serão destruídos.
- A cidade do Senhor tem alicerces inabaláveis.
- “Pois ele (Abraão) esperava a cidade que tem alicerces, cujo arquiteto e edificador é Deus” (Hb 11.10).
Conclusão
Quando os fundamentos estão sendo destruídos, que pode fazer o justo?
1. Não fugir, mas resistir;
2. Confiar em Deus:
a) na Sua soberania,
b) na Sua Onisciência,
c) no Seu juízo,
e d) na Sua recompensa.