
1. Não se deixem levar pelas aparências
- “Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores” (Mt 7.15).
- Paulo predisse que, depois da sua partida de Éfeso, “lobos vorazes” invadiriam o rebanho dos discípulos (At 20.29,30), surgidos dentre a própria liderança da igreja.
- Jesus: “falsos profetas” surgirão e enganarão a muitos nos últimos tempos (Mt 24.11, 24).
- “Falsos profetas” mais abrangente: não apenas homens que se dizem profetas, mas líderes religiosos (inclusive não ordenados oficialmente) que aparentam pertencer ao povo de Deus e que se apresentam para conduzi-lo com o objetivo de desviá-lo para a perdição ou para heresia.
2. Observem os frutos terrenos
“Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas? Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons. Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão!” (Mt 7.16-20).
- Jesus avisa e orienta sobre como discernir falsos profetas (Mt 12.34,35).
- É preciso examinar os frutos pois, em alguns casos, será necessário esperar um pouco para ter o real discernimento.
- O caráter é essencial e não só o carisma.
3. Não se iludam ou se impressionem com o discurso
- “Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 7.21).
- Eles têm um discurso superficialmente ortodoxo e aparentemente piedoso: “Senhor, Senhor!” (v. 21,22).
- Nesta vida, eles invocaram o Senhor e usaram seu nome, mas sem dar a ele a devida honra; antes, buscaram sua própria glória.
- Querem mostrar uma intimidade que não têm com o Juiz.
- Pessoas que falam como se tivessem a autorização divina, mas anunciam a sua própria mensagem, com heresias e idolatrias.
- Como o profeta Hananias que trazia uma mensagem de conforto, quando era para ser o contrário, pois Deus estava prestes a castigá-los (Jr 6.14; 8.11).
- A igreja de Corinto, com o discurso pomposo de falsos apóstolos que se instalaram, após a partida de Paulo, foi abandonando a pureza do evangelho e se voltando contra o apóstolo, que, segundo os novos líderes, não tinha uma oratória refinada o bastante (2Co 11.3-6).
- A igreja deve conferir o discurso deles com as Escrituras, para se precaver de sua influência maligna (At 17.11; Is 8.20; Gl 1.8, 9). Que seja amaldiçoado!
4. Não supervalorizem os sinais
- “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?” (Mt 7.22).
- Curiosamente, Jesus não nega a alegação dos falsos profetas de que, em seu nome, realizaram grandes e maravilhosos sinais: profetizaram, expulsaram demônios, fizeram muitos milagres.
- Como é possível falsos profetas realizarem sinais milagrosos?
a) Apostasia (Hb 6.4-6).
b) Engano carnal: simulações (como o mágico Simão em Atos 8.9-11), hipnotismo, indução psicológica etc.
c) Poder satânico (2Co 11.13-15; Ap 13.11-14)
d) Soberania e graça de Deus
5. Aguardem e deixem o julgamento com Deus
- “Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim, vocês que praticam o mal!” (Mt 7.23).
- Julgamento: a) cortado b) lançado no fogo (v.19).
- “Senhor”: Posição de autoridade, reconhecida tardiamente.
- “Nunca vos conheci”. Isso não significa que Cristo não sabia quem eram aqueles homens.
- Sabe muito bem quem são, quais seus frutos e até suas motivações.
- Deus conhece tudo sobre todos, ainda assim, é o caminho dos justos que ele “conhece” (reconhece), não o do ímpio (Sl 1.5,6).