top of page

FIEL, MAS SÓ A MINORIA – 1ª parte

Texto: Apocalipse 3.1-6 (Quinta Carta às Igrejas do Apocalipse: SARDES)


- Mundo: sete bilhões de habitantes, dois bilhões de cristãos.

- Frequentemente julgamos os outros pela aparência.

- Apesar de Sardes ter a reputação de uma igreja forte e ativa, ele viu as falhas e sabia que aquela congregação já estava quase morta.

 

1. DESTINATÁRIO

- “Ao anjo da igreja em Sardes” (Ap 3.1ª)

 

1.1. A cidade

- A cidade de Sardes ficava a 60 km de Tiatira e por ela passavam importantes estradas imperiais.

- A cidade tornou-se muito próspera. Parte de sua riqueza vinha do ouro extraído do Rio Pactolo, que atravessava a cidade.

- Plínio, historiador romano, nos informa que a arte de tingir lã foi inventada em Sardes.

- Desenvolveu a fabricação e laticínios.

- Sardes foi uma das primeiras a cunhar regularmente moedas.

- A cidade estava edificada no platô de uma colina de 500 metros de altura; três de seus lados desembocavam em fortes declives, verdadeiros precipícios.

- Cercada por muralhas altas, com entrada por apenas um lado. Fortificada, sentia-se imbatível e inexpugnável.

- Mas a cidade orgulhosa caiu nas mãos do rei Ciro da Pérsia em 529 a.C., quando este cercou a cidade por 14 dias, enquanto os soldados de Sardes estavam dormindo. Ele penetrou com seus soldados por um buraco na muralha, o único lugar vulnerável, e dominou a cidade.

- Soldados persas observaram um soldado de Sardes descer os rochedos e, depois, subiram pelo mesmo caminho para tomar a cidade de surpresa durante a noite.

- Em 334 a.C., a cidade se rendeu a Alexandre o Grande.

- A cidade foi reconstruída no período de Alexandre o Grande e dedicada à deusa Cibele, padroeira que teria poder especial de restaurar vida aos mortos.

- Em 214 a.C., caiu outra vez sob Antíoco, o Grande; o líder selêucido da Síria a tomou da mesma forma, mais uma vez por causa da autoconfiança e falta de vigilância dos seus habitantes.

- No ano 17 d.C. Sardes foi parcialmente destruída por um terremoto e reconstruída pelo imperador Tibério.

- A cidade se destacou pelo alto grau de imoralidade que a invadiu, patrocinada pelo culto a Cibeli, deusa pagã, e a decadência que a dominou.

- Da cidade antiga de Sardes, restam apenas ruínas perto da atual vila de Sarte, na Turquia.

 

1.2. A igreja

- A igreja de Sardes não tinha os judeus a lhe acusar, nenhum grupo herege (nicolaitas, balaistas ou Jezabel) a minar as suas bases doutrinárias, nenhum falso apóstolo, nem o culto ao imperador era tão impositivo.

- Sardes era uma dinâmica e conceituada igreja, por sua operosidade. Uma igreja que tinha nome e fama, mas sem vida espiritual autêntica.

- Estava viva para o mundo e morta para Deus.

 

2. REMETENTE

- “Estas são as palavras daquele que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas. Conheço (sei) as suas obras; você tem fama (nome) de estar vivo, mas está morto” (Ap 3.1b).

QUEM FALA?

 

2.1. O que é pleno do Espírito Santo

- “Estas são as palavras daquele que tem os sete Espíritos de Deus”. (Ap 1.20; 5.6).

- Sete: pleno, perfeito, total.

- As sete marcas do Espírito Santo: “Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Is 11.2).

- Ele tem a plenitude do Espírito e a oferece a quem buscar.

 

2.2. O que é o Senhor da igreja

- “e as sete estrelas (anjos – liderança) (Ap 3.1c) na sua mão direita” (Ap. 1.20).

 

2.3. O que é onisciente

- “Conheço (sei) as suas obras” (Ap 3.1d).

 

3. REPRIMENDA

- “Conheço (sei) as suas obras; você tem fama (nome) de estar vivo, mas está morto ... pois não achei suas obras perfeitas (íntegras) aos olhos (na presença) (não atendem aos requisitos) do meu Deus” (Ap 3.1d e 2b).

 

3.1. Por ser uma igreja sem vida

- As palavras de Jesus à igreja foram mais bombásticas do que o terremoto que destruiu a cidade no ano 17 d.C.: “tens fama de que estás vivo, mas estás morto”.

- A maioria dos seus membros ainda não era convertida. Estava morta espiritualmente.

- O Diabo não precisou perseguir essa igreja de fora para dentro, ela já estava sendo derrotada pelos seus próprios pecados.

Ilustr: O pastor que anunciou o funeral da igreja. E colocou espelho no fundo do caixão.

- Há crentes que estão no CTI espiritual, em adiantado estado terminal de enfermidade da alma.

- A maioria dos crentes apenas tinha seus nomes no rol da igreja, mas não no Livro da Vida.

- Deus não vê como olhamos, mas Ele vê com o coração. Ele vê o coração (1Sm 17.7), como disse Samuel ao escolher Davi, entre seus irmãos.

- Eles trabalham, mas apenas sob as luzes da ribalta. Eles promovem seus próprios nomes e não o de Cristo. Buscam a sua própria glória e não a de Cristo (Is 29.13).

 

3.2. Por ser uma igreja sem integridade (sem inteireza)

Pois não achei suas obras perfeitas (íntegras = inteiras) aos olhos (na presença) (não atendem aos requisitos) do meu Deus. No entanto, você tem aí em Sardes uns poucos (umas poucas pessoas) que não contaminaram (marcharam) as suas vestes (vestiduras) (com o mal). Eles andarão comigo, vestidos de branco, pois são dignos” (Ap 3.3b e 4).

 

a) Enganava-se com a sua vida dupla

- Ambígua, sem autenticidade.

- Há igrejas e membros que querem servir a Deus, a carne e ao mundo, e acabam servindo a Satanás.

- A maioria dos crentes tinha contaminado as suas vestes brancas da salvação. Isso é um símbolo da corrupção.

- Havia um remanescente fiel. Jesus os chamou de dignos.

 

- Na igreja havia três grupos: a) Mortos, apáticos, insensíveis (maioria), indignos. b) Para morrer (minoria) ou sonolentos, desanimados e c) vivos e fiéis (minoria), dignos.

- Dignos não por seus méritos, mas porque confiavam nos méritos de Cristo e honravam a Cristo.

- A igreja não era íntegra. Inteira. Integralmente de Jesus. Alguns de nós não somos inteiros, íntegros em nossa vida cristã.

 

b) Enganava-se com suas conquistas e seu ativismo

- Há igrejas e membros onde as coisas nem sempre são como parecem ou onde a realidade é diferente da aparência.

- Podemos nos gabar, dizendo que estamos bem, que podemos e que fazemos acontecer, quando na verdade nada vai bem lá dentro.

Ilustr. Parábola do rico insensato (Lc 12.16-21). 

- Há uma nuvem de ativismo que esconde nossa quase morta vida cristã. Não paramos.

- Mas não paramos mesmo, nem para ter comunhão e crescer na comunhão e na Palavra de Deus.

 

c) Enganava-se com sua aparente vida cristã.

- Há igrejas e membros que parecem estar vivos, mas estão mortos ou morrendo espiritualmente.

- Há crentes que só têm o nome no rol da igreja, mas ainda estão mortos espiritualmente, ou seja, ainda não são convertidos; outros estão apáticos, sonolentos.

- O juízo de Jesus sobre os sárdios é curto e grosso: “vocês parecem que estão vivos, mas estão mortos”.

- Eles estavam mortos e não sabiam. Aliás, os mortos não sabem que estão mortos.

- Sardes tinha nome, tinha até prestígio, mas era tudo fantasia. Não havia vida espiritual real nela. A igreja tinha nome de cristã, mas não era cristã.

- As outras igrejas invejavam Sardes: sua frequência, seu orçamento, seu templo, sua ordem-de-culto, sua participação denominacional. Sardes tinha um nome respeitável. Quando algum de seus membros ia visitar outras igrejas, recebia palavras de admiração. Ah! Você é de Sardes!

- Era bem assim por fora, mas o essencial, por dentro, era insuficiente. Seus membros estavam mortos ou morrendo espiritualmente.

- O cristão morto é o cristão do faz-de-conta: “Ele faz de conta que é seguidor de Jesus. Ele faz de conta que ama a seus irmãos. Ele faz de conta que tem interesse pelos pobres. Ele faz de conta que evangeliza. Ele faz de conta que dá o dízimo. Ele faz de conta que lê a Bíblia diariamente. Ele faz de conta que ora alguns minutos por dia. Ele faz de conta que é fervoroso”.

- Nós não podemos discernir o crente-faz-de-conta do crente-de-verdade. Só Jesus e a própria pessoa.

- É a motivação que faz diferença. Por que somos crentes, adoramos e servimos?

bottom of page