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FIEL, MESMO SEM FORÇA

Texto: Apocalipse 3.7-13 (Sexta Carta às Igrejas do Apocalipse: FILADÉLFIA)


- Duas cartas sem repreensão: Esmirna (uma congregação pobre que enfrentava perseguição) e Filadélfia (uma congregação fraca e limitada, mas que dependia de Deus).

 

1. DESTINATÁRIO

- “Ao Anjo da Igreja em Filadélfia” (Ap 3.7ª).

- A cidade de Filadélfia tinha uma localização estratégica. Era chamada de a porta do Oriente.

- Filadélfia era a mais jovem das sete cidades. Fundada por colonos provenientes de Pérgamo, sob o reinado de Átalo II, nos anos de 159 a 138 a. C.

- Átalo amava tanto a seu irmão Eumenes, que o apelidou de philadelphos = o que ama a seu irmão e que deu nome à cidade.

- A região produzia uvas e o povo especialmente honrava Dionísio, o deus grego do vinho.

- A cidade servia como base para a divulgação do helenismo na região.

- Foi fundada para ser uma porta aberta de divulgação da cultura e do idioma grego na Ásia. Embaixadora do helenismo.

- Localizada num vale entre Pérgamo e Laodiceia, foi destruída por um terremoto em 17 d.C. e reconstruída por Tibério em 90.

- Terreno instável em função de terremotos. Alguns moravam em tendas, fora da cidade.

- Depois de ser reconstruída, foi chamada de Neocesareia.

- Hoje, cidade de Alasehir (Turquia), construída sobre as ruínas de Filadélfia.

- As mensagens das cartas, como essa, eram contextualizadas. Precisamos conhecer a Bíblia, a mensagem e conhecer a cidade onde estamos, bem como conhecer o povo para quem ministramos, sua cultura e história, o bairro onde servimos.

 

2. REMETENTE

- “Estas coisas diz o santo, o verdadeiro” (Ap 3.7b).

 

2.1. Santo e verdadeiro

- Santo (separado) e verdadeiro (autêntico) são características divinas.

- A palavra “verdadeiro”, usada frequentemente por João, enfatiza a sinceridade de Jesus, em contraste com a falsidade dos judeus em Filadélfia.

 

2.2. O que tem autoridade

- “Aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá” (Ap 3.7c).

- Isaías fala da chave, onde a autoridade sobre Jerusalém e sobre Judá é transferida a Eliaquim (Is 22.20-24).

- A chave representa autoridade e poder. Jesus, como descendente real de Davi, controla o acesso ao reino de Deus. Ele abre, e ninguém é capaz de fechar. Ele fecha, e ninguém consegue abrir.

- Para uma igreja perseguida pelos falsos mestres, Jesus se apresenta como o Santo e o Verdadeiro.

 

3. ELOGIO

 

3.1. Possuidora de uma grande oportunidade

- “Conheço as suas obras. Eis que coloquei diante de você uma porta aberta que ninguém pode fechar” (Ap 3.8ª).

a) Porta da salvação

- A primeira porta aberta é a oportunidade da salvação

- “Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo” (Jo 10.9 e Mt 7.13,14).

b) Porta para a evangelização

- Também era chamada de pequena Atenas, pois fora idealizada como porta-voz (evangelista) da filosofia greco-romana e propagadora da língua grega.

- Enquanto divulgassem a filosofia e a língua gregas, divulgariam o evangelho.

- Em Éfeso: “porque se abriu para mim uma porta ampla e promissora; e há muitos adversários” (1Co 16.9 e 2Co 2.12).

- A igreja é fraca, mas seu Deus é poderoso. A nossa força não vem de fora nem de dentro, mas do alto.

- Paulo via a idolatria da cidade de Atenas como uma porta aberta para falar do Deus desconhecido.

- Quais são as portas abertas que Jesus tem colocado diante da nossa igreja?

 

3.2. Dependência

- “Que tens pouca força” (Ap 3.8b).

- Talvez fossem poucos em número, ou limitados em capacidade e recursos.

- Reconhecem suas limitações e fraquezas, confiam e dependem de Deus.

- A igreja tem consciência das suas limitações, mas não se limita por causa delas (1Jo 4.4).

 

3.3. Obediência

- “Entretanto, guardaste a minha palavra” (Ap 3.8c).

- Hoje muitas igrejas têm abandonado o antigo evangelho por outro, mais palatável, mais popular, mais adocicado; um evangelho centrado no homem, não em Deus.

 

3.4. Lealdade

- “e não negaste o meu nome” (Ap 3.8d).

- Eles defendiam o nome de Jesus e não o negaram.

 

4. REPRIMENDA

- Não há

 

5. EXORTAÇÃO

 

5.1. Manter a expectativa

- “Venho em breve!” (Ap 3.11).

- Se perdermos essa perspectiva, sucumbiremos ao pecado.

 

5.2. Zelo

- “Retenha o que você tem, para que ninguém tome a sua coroa” (Ap 3.11).

 

6. PUNIÇAO

- “Retenha o que você tem, para que ninguém tome a sua coroa” (Ap 3.11b).

- Perdendo a majestade, a grandeza e nobreza.

- O mundo está tomando a coroa de muita gente.

- Deixando de ser príncipe de Deus para ser bandido do pecado, do mundo e de Satanás.

 

7. PRÊMIO

 

7.1. Reconhecimento dos opositores

- “Vejam o que farei com aqueles que são sinagoga de Satanás e que se dizem judeus e não são, mas são mentirosos. Farei que se prostrem aos seus pés” (Ap 3.9). 

- Congregação de pretensos filhos de Abraão também em Esmirna.

- Judeus: primeiros perseguidores da igreja, tanto em Jerusalém como na Ásia.

- Seriam exaltados acima dos seus inimigos (Is 60.14).

 

7.2. Estima divina

- “e reconheçam que eu amei você” (Ap 3.9b).

- Para uma igreja perseguida e odiada pelo mundo, Jesus diz que ela é a sua amada.

- Nós somos o povo amado de Deus, seu rebanho, sua vinha, sua noiva, a sua delícia, a menina dos seus olhos.

- As chances de o mundo nos estimar são mínimas, mas aqueles que servem a Jesus, o Pai os honrará (Jo 12.26).

 

7.3. Livramento

- “Porque guardaste a palavra da minha perseverança. Eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra” (Ap 3.10).

- Uma referência à perseguição que começou no reinado de Domiciano.

- Jesus prometeu proteção e livramento (mas não isenção de sofrimento) aos fiéis em Filadélfia.

- Cristo é o protetor da igreja. As portas do inferno não prevalecerão contra ela.

 

7.4. Serem inabaláveis

- “Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus. Daí jamais sairá” (Ap 3.12a). 

- Era costume na cidade de Filadélfia homenagear seus nobres e ilustres cidadãos com uma coluna erigida em seu nome, nas localidades mais importantes da cidade. É provável que cristão algum tivesse tal reconhecimento, mas Deus lhes assegura que faria do vencedor uma coluna no santuário celestial.

- As colunas de Filadélfia racharam e caíram no terremoto.

- Os vencedores permanecerão no templo para sempre. Gozarão comunhão eterna com Deus.

 

7.5. Tripla honra na nossa coluna

a) O nome de Deus na sua vida

- “Escreverei nele o nome do meu Deus” (Ap 3.12b).

- Nomes gravados sugerem posse.

- O vencedor pertence a Deus.

- Ele faz parte do povo de propriedade exclusiva de Deus (1Pe 2.9).

b) A cidadania celestial

- “e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu da parte de Deus” (Ap 3.12c).

- A nova Jerusalém é a noiva de Cristo (Ap 21.2). O vencedor faz parte da noiva, da igreja que pertence somente a Jesus.

c) O novo nome de Cristo

- “e também escreverei nele o meu novo nome” (Ap 3.12d).

 

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