“Seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens são servos do Deus Altíssimo, que vos anunciam o caminho da salvação.”

Atos 16.17

O pai da mentira, como todos sabemos, foi identificado por Jesus como o nosso inimigo. Mas será que tudo o que o pai da mentira fala é mentira? Não, absolutamente não. Há momentos em que a verdade serve mais aos interesses do demônio do que a própria mentira. “Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo?” (Lucas 8:28). Martinho Lutero declara: “O diabo é um teólogo, mas não é um cristão.” Para Lutero, Satanás conhece a verdade teológica — melhor do que muitos homens —, mas a usa para perverter, e não para adorar. Ele é “ortodoxo” em conhecimento, mas ímpio em coração. O nome “Satã” significa adversário e, cheio de estratégias de engano, ele é capaz até de usar a verdade para legitimar seu caráter e suas ações. Você já se deparou com uma situação em que o inimigo o enfrentou usando a verdade? John Stott acrescenta: “O espírito maligno, ao proclamar que Paulo era servo do Deus Altíssimo, procurava desviar a atenção da mensagem para o mensageiro.” Essa era a estratégia psicológica e espiritual: o inimigo elogia para infiltrar-se e aplaude para confundir. O episódio em Filipos é bem conhecido: Paulo expulsa o demônio de adivinhação que estava na moça e que dava lucro aos seus donos. Em contrapartida, o demônio provoca um motim, e Paulo e Silas acabam presos. Mas, como Deus nunca perde para o diabo, envia um terremoto para libertar Paulo e Silas, e concede salvação ao carcereiro e sua família. Se não fosse a moça com espírito de adivinhação, não teríamos o texto maravilhoso de Atos 16:31: “Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e tua casa.” Obrigado Senhor porque no fim a boa, agradável e perfeita vontade sempre se realizará.

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ELP