
O DILEMA DA PORTA FORMOSA
“Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!”
Atos 3.6
É impressionante como os primeiros discípulos, e o próprio Jesus, lidavam com o dinheiro e com oportunidades de ganho financeiro. O episódio do jovem rico nos ensina uma lição forte sobre o desinteresse de Jesus por recursos materiais. Não que Ele não os tivesse — afinal, tudo Lhe pertence — mas não era por esse caminho que Seu ministério se manifestava. Quando os cobradores chegaram para cobrar o imposto do templo, nem Ele nem Pedro tinham dinheiro no bolso naquele momento. No caso do jovem rico, Jesus orienta que ele venda tudo o que possui e dê aos pobres. E veja: Jesus não manda que ele entregue o valor da venda a Judas, o tesoureiro. Não havia oportunismo. Era um chamado à renúncia real. O dilema da Porta Formosa expunha a falência de uma religiosidade desprovida da presença e do poder de Deus.
Voltando ao texto base, existe uma frase atribuída ao Papa Inocêncio III que, segundo a tradição, ao mostrar a opulência da Igreja ao teólogo Tomás de Aquino, disse: “Vês, Tomás, a Igreja já não pode mais dizer: ‘Não tenho prata nem ouro.’” Ao que Tomás teria respondido: “É verdade, santidade; mas também não pode mais dizer: ‘Levanta-te e anda.’” É necessária muita graça de Deus para lidar bem com o poder divino e o poder do ouro e da prata. Como diz uma frase de autor desconhecido: “Algemas de ouro são muito piores que algemas de ferro.” Você sabe o que tem? Tem gente no chão, com a mão estendida esperando uma palavra de fé: “Levanta-te e anda.” Deixa Deus te usar! Amém.
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ELP
