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Sementeira Homilética baseada no livro:
ATOS

LÁGRIMA COMO CURA DO DESENLACE

Tendo dito isso, Paulo ajoelhou-se com todos eles e orou. Todos choraram muito e, abraçando-o, o beijavam. Então o acompanharam até o navio".

Atos 20.36-38

 

Por mais que o texto procure retratar a realidade do que aconteceu entre Paulo e a liderança de Éfeso, ainda assim temos uma pálida narrativa de uma profunda dor emocional diante do desenlace definitivo entre o pastor Paulo e a igreja que ele tanto amava. Três anos foram suficientes para estabelecer fortes laços espirituais e fraternais entre eles. Jesus chorou junto com Marta e Maria, diante da realidade da morte de Lázaro. Paulo chorou com toda a liderança da igreja, declarando que, dali em diante, sua vida seria uma incógnita e que não haveria retorno. Olhos molhados não são sinal de fraqueza, mas de alguém que sabe processar seus sentimentos e receber cura emocional. John Stott declara: “As lágrimas de Paulo demonstram que o verdadeiro ministro não é um profissional da fé, mas um pai espiritual que sente o peso do rebanho.” Paulo chorava por amor e por advertência, unindo compaixão e verdade. Ele não manipulava emoções — ele se importava de verdade. A empatia será sempre uma qualidade excepcional de um grande líder — aquele que sente o que o rebanho sente, que se alegra com os que se alegram e chora com os que choram. Você já sentiu o alívio de lágrimas verdadeiras? Charles Spurgeon acrescenta: “Paulo sem lágrimas não seria Paulo. O Evangelho pregado sem lágrimas é como uma semente sem orvalho — pode ser lançada, mas dificilmente brotará.” O propósito da lágrima derramada é parte do processo de cura, pois ela lava a alma e, simultaneamente, as emoções. Senhor, ajuda-nos em todo o tempo a superar os momentos difíceis da vida — ainda que seja com lágrimas. Amém.

 

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ELP


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