
- Mateus 4.1-11 e Lucas 4.1-13 (versão mais detalhada das tentações).
- Ilustr. Comparação dos pênaltis com a tentação.
1. A Ocasião
- “Logo”: 41 vezes “imediatamente” - Jesus sempre em ação.
- Mesmo cheio do Espírito, confirmado como Filho de Deus, amado do Pai, batizado, não está isento da tentação.
- Ela começa depois da conversão ou batismo.
- No Jordão, é confirmado Filho de Deus e no deserto precisa ser provado.
- O Diabo procura uma ocasião oportuna (Lc 4.13).
2. O Agente
- O Espírito Santo “impeliu” Jesus ao deserto: palavra forte, de urgência. Não que Jesus estivesse com medo, vacilante. Jesus precisava ser provado em sua humanidade e vencer o maior Inimigo dos humanos (Hb 4.15).
- A tentação de Jesus é diferente: Não foi tentado internamente. Jesus não tinha o DNA do pecado.
- Nós sim: “Somos como um campo de pólvora que pode explodir com a menor fagulha da tentação”. Precisamos jogar sempre a água do Espírito e da Palavra em nossa mente e coração para não sermos tomados pelo fogo da tentação. As condições tinham que ser as piores para compensar a vantagem que Jesus tinha.
- Jamais busque ser tentado; seria confiar na fraca carne e poderia ser derrota completa (Mt 26.41).
3. O Tentador
- Satanás, Diabo, Belial, Maligno: é real. Não é um ser mitológico, lendário ou fictício. É uma personalidade, que pensa, sente e tem inteligência astuta. Tem estratagemas, planos e armas.
- É um anjo caído, perverso, assassino, vingativo, mentiroso e ladrão. É a antiga serpente, o dragão vermelho, o príncipe das potestades do ar e das trevas, espírito que atua nos filhos da desobediência. Ataca sem parar, sem férias, sem descanso, diuturnamente. Seu objetivo era perseguir o Filho de Deus e frustrar seus planos. Perdeu. Agora tenta desmoralizar Jesus, fazendo cair os filhos de Deus, para nos levar consigo.
- Os que não são de Jesus já estão cooptados. São regidos pela carne e pelo espírito deste mundo e já fazem o que Satanás quer.
- Não precisamos temê-lo, mas não o subestimar.
4. A Tentação
- Dicionário: “desejo veemente”. Tentação ao longo dos 40 dias, e não no final como fazem entender Mateus e Lucas. Insistente.
- A tentação só deixa a gente pensar no lado prazeroso da oferta.
- Se pensarmos nas consequências ou nos riscos, nós os minimizamos ou estudamos estratégias de escondê-los quando cedermos à tentação. Esconderemos apenas por um tempo. O pecado traz recompensa em curto prazo e tristes consequências a médio e longos prazos. Tentação em si não é pecado. Se o fosse, Jesus teria pecado por ter sido tentado (Mt 6.13).
5. Circunstâncias Propícias
a) Deserto severo, agressivo, de montanhas. Clima quente e seco. Quente de dia e frio de noite. Deserto é o local da prova, da tentação, do diabo e da provação de Deus. Nossos desertos.
b) 40 dias. 40 é o número da provação: dilúvio, Moisés antes de receber a Lei, Elias caminhou até o Horebe, anos de Israel no deserto.
- Astuto para nos tentar, quando estivermos esgotados, estressados, reservas em baixa. Jesus passou um mês e dez dias aplicando força bruta contra Satanás.
c) Solidão: terrível, profunda, tenebrosa e amarga.
- Nas provas mais intensas, profundas e dolorosas estaremos longe da multidão, da família, amigos; estaremos no nosso deserto.
d) Fome: sem comer por 40 dias. Até o 25º dia: desespero. O corpo pulsa e lateja de dor. A mente não raciocina direito.
e) Feras: Deserto extremamente perigoso: hienas, lobos, serpentes, chacais, panteras e leões.
- Quantos animais selvagens nos rodeiam. Perigosos e letais. O pior destes animais chama-se homem, carne.
- Adão e Eva caíram no Paraíso, Jardim, em condições boas, os animais não eram hostis, não havia fome, solidão e o clima bom.
- Jesus: deserto propício para cair.
6. Propósito
- O Espírito Santo o levou para vencer e ser fortalecido.
a) Autenticar sua perfeita humanidade: verdadeiramente homem. Tentado “em todas as coisas”. O Espírito levou Jesus para fazer diferente de Adão. Venceu as tentações que Adão não venceu e que eram da mesma natureza.
b) Torná-lo exemplo: uma nova humanidade que vence a tentação. Um novo Adão, segundo Adão, vencedor. Nós também podemos vencer.
c) Derrotar o Diabo: quando caímos, o Diabo vence. Deus nos ajuda a não perdermos (Hb 2.18).
- Caímos em muitas tentações porque a nossa carne é naturalmente fraca, mas temos um Deus que não nos deixará ser tentados além do que podemos suportar. Ele proverá uma saída (1Co 10.13).
- As sedutoras tentações a que Cristo resistiu são as mesmas que enfrentamos e que achamos difíceis de vencer.
- Foram os mesmos tipos de tentações que derrotaram Adão e Eva e ainda nos têm vencido.
- Todas as tentações têm três coisas em sua essência (1Jo 2.16).
- Devemos resistir (Ef 6.1 e Tg 4.7,8).