"Pois Deus não nos deu Espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação."

2 Timóteo 1.7

A síntese paulina contida neste versículo poderia ser perfeitamente a base para a vivência da vida cristã de todos, de maneira indistinta. Primeiramente, é importante destacar que os tradutores ficaram em dúvida se pneuma (espírito) deveria ser traduzido com letra minúscula ou maiúscula, uma vez que no texto grego não existe essa distinção. Para nós, leitores, a palavra Espírito (quando se refere ao Espírito Santo) faz uma diferença enorme. Contudo, o mais fundamental é que o texto propõe algo essencial para o exercício prático da fé cristã: poder e moderação. Muitas igrejas ou denominações não entenderam que o mesmo Espírito Santo que derrama poder, é o mesmo que traz moderação, de forma que tudo seja feito com ordem e decência, conforme ordena o apóstolo Paulo. O verdadeiro poder do Espírito não está em uma explosão de força, mas na capacidade de permanecer calmo e moderado em meio à tempestade. O amor concedido é demonstrado na compreensão das diferenças que existem no corpo de Cristo, sejam doutrinárias ou socioeconômicas, as quais precisam ser vencidas para que o Senhor da igreja seja glorificado. Quatro palavrinhas só, bem que poderiam ser a confissão de fé de todos nós e a vida seria muito melhor com vitalidade e equilíbrio. Amém

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ELP