"Naquela época, tanto Davi como Absalão consideravam os conselhos de Aitofel como se fossem a palavra do próprio Deus."

2 Samuel 16.23

Aquilo que é dito sobre Aitofel o coloca em evidência entre todo o staff do reino, tanto nos dias de Saul quanto nos de Davi. Ser conselheiro do rei não era tarefa para qualquer um — era necessário ser um homem profundamente tratado por Deus, dotado de sabedoria humana e espiritual, para respaldar o rei com conselhos em tempos difíceis. Aitofel, nesse contexto, se destacava entre todos os outros conselheiros, pois suas palavras eram consideradas como se fossem a própria palavra de Deus. Não havia autoridade superior à sua — tal era o prestígio que ele desfrutava. Quando Davi soube que Aitofel apoiava Absalão na revolta, fez uma breve, mas eficaz oração: “Ah, SENHOR, peço-te que transtornes em loucura o conselho de Aitofel.” (2 Samuel 15.31) Você conhece alguém que, para os outros, é uma muralha de força, considerado sábio, mas que, para si mesmo, não consegue aplicar essa sabedoria? Assim era Aitofel — envolvido em orgulho e soberba diante de todos. Deus atendeu à oração de Davi: seu conselho foi rejeitado, e o de Husai foi acolhido como melhor. Em vez de aceitar a orientação divina por meio do outro conselheiro, Aitofel voltou para casa, se enforcou e morreu. Esse ato final é interpretado por muitos como o resultado de uma alma dominada pela amargura e incapaz de lidar com a rejeição. E veja o que diz o Evangelho: “Então Jesus lhes disse: Sem dúvida, vocês me citarão este provérbio: ‘Médico, cura-te a ti mesmo!’” (Lucas 4.23)

Poderíamos dizer hoje: “Conselheiro, aconselha-te a ti mesmo!”

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ELP